EM POÇOS DE CALDAS

Caso de jovem paulista agredida em Minas repercute nas redes sociais

Assessoria da Polícia Civil informou nesta sexta-feira (4) que caso será investigado apesar do Boletim de Ocorrência não ter sido registrado

Sex, 04/12/15 - 16h43

Um caso de uma jovem paulista que teria sido agredida por um homem ainda não identificado, em Poços de Caldas, no Sul de Minas Gerais, no início desta semana, teve grande repercussão nas redes sociais depois que a vítima relatou em um post do Facebook a sua versão do caso e utilizou a hashtag da campanha #meuamigosecreto. Nesta sexta-feira, a publicação já contava com quase 40 mil curtidas e mais de 4 mil compartilhamentos.

A jovem paulista, que estava em Poços de Caldas para visitar uma amiga, conta que a agressão ocorreu em um pub na noite de terça-feira (1º). A vítima foi abordada por um homem que lhe ofereceu bebida e tentou beijá-la à força. Com a negativa da moça, ele a perseguiu no local e a atingiu no rosto com um copo de vidro. De acordo com a assessoria da Polícia Civil, não foi registrado Boletim de Ocorrência. No entanto, o delegado Sérgio Elias Dias solicitou a apuração dos fatos depois de ler o depoimento no Facebook. O inquérito será aberto, mas depende da representação da vítima.

Depois da agressão, a vítima foi atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada para uma Unidade de Pronto Atendimento de Poços de Caldas. Em seu post, ela conta que recebeu 17 pontos no rosto, mas só foi atendida depois de muito insistir com os funcionários. A jovem ainda disse que foi ameaçada por um policial com uma arma de choque. “Depois de duas horas, desesperada, tentei chamar alguém do hospital, mas quem me atendeu foi um policial que me mostrou seu taser (arma de choque) e ameaçou usá-lo em mim ‘caso eu não calasse a boca’. Impotente, me calei e esperei pelo atendimento, que veio só depois de muito tempo de choro silencioso. E no final, mais uma surpresa: na minha ficha médica constava que eu havia batido com a cabeça, apenas... não havia qualquer menção a agressão que eu havia relatado”, escreveu.

A reportagem de O TEMPO entrou em contato com a jovem, porém, ainda não teve resposta. 

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