Averiguações

Caso Lorenza: Médico Hércules de Pinho presta depoimento

O médico chegou ao MP acompanhado de seu advogado. Ele é primo do promotor André Luiz de Pinho, que é suspeito de feminicídio

Por Felipe Castanheira/ Alice Brito
Publicado em 22 de abril de 2021 | 15:53
 
 
Na chegada ao Ministério Público de Minas Gerais o ouvido se apresentou apenas como doutor Hércules e chegou acompanhado do advogado Foto: Alexandre Mota

O Ministério Público de Minas Gerais (MPM)ouve, na tarde desta quinta-feira (22), mais uma testemunha no caso da morte de Lorenza Maria Silva de Pinho. O médico Hércules de Pinho chegou ao MP acompanhado de seu advogado. Ele não falou com a imprensa. 
 
O interrogatório durou 1h30 e terminou às 17h. O médico e o advogado sairam sem falar com imprensa.
 
O médico é primo do promotor André Luiz de Pinho, que é investigado como suspeito na morte da esposa Lorenza. Fontes ligadas ao caso relatam que Hércules Pinho conhecia o quadro clínico de Lorenza e tinha um relacionamento próximo com a família Pinho.
 
Nesta semana, a investigação ouviu o médico Itamar Tadeu Gonçalves Cardoso, que foi quem assinou o atestado de morte de Lorenza. E na terça-feira, o pastor Geovani Ferreira, que é amigo da família, também compareceu ao Ministério Público. 
 
A gerente administrativa Larissa Silva, 35, também prestou esclarecimentos sobre o caso nesta semana. Ela trabalha em uma empresa que presta serviços para a Funerária Renascer, preparando corpos para os funerais. Ela informou que foi proibida de falar sobre o caso.
 

Uma funcionária da Funerária Renascer também prestou depoimento, mas o conteúdo tratado com a promotoria não foi divulgado.

Ferreira foi a única testemunha que aceitou falar com a imprensa após a oitiva com os investigadores. O religioso contou que foi perguntado sobre o presenciou na casa da família Pinho após a morte de Lorenza e sobre como era a relação do casal.
 
Relembre o caso
 
Lorenza Maria Silva de Pinho, de 41 anos, morreu no último dia 2, no apartamento em que morava com a família, no bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte. Dois dias depois, a polícia prendeu o marido dela, o promotor André Luís Garcia de Pinho, 51, sob a suspeita de ter matado a mulher.