Cerca de cem pessoas participaram, na manhã deste sábado, da primeira edição da Caminhada pela Vida das Crianças e Adolescentes com Câncer, promovida pela Casa de Apoio Aura, que aconteceu na Lagoa Seca, no bairro Belvedere, na região Centro-Sul da capital. Realizada na véspera do Dia Nacional de Combate ao Câncer infantojuvenil, comemorado na segunda-feira (23), a iniciativa teve como objetivo divulgar mais informações sobre a doença e conscientizar a população sobre a importância de se discutir o assunto.
“A população tem que saber que, assim como os adultos, as crianças doentes também necessitam de atenção. A possibilidade de cura para elas é muito grande, mas só existe se a doença for diagnosticada de forma rápida e tratada corretamente. Por isso estamos aqui”, ressaltou Ana Lúcia Machado, coordenadora da casa de apoio.
O pequeno Guilherme Camargo, de 6 anos, foi diagnosticado com câncer em um dos rins. Como Guilherme não apresentou nenhum sintoma, como sangue na urina e dores lombares e abdominais, quando a doença foi diagnosticada, já estava em um estágio avançado. “Ele (Guilherme) está começando o tratamento agora, mas tenho muita fé de que tudo vai dar certo e ele vai se curar”, relatou a mãe do pequeno, a dona de casa Natividade Camargo, 32.
Atenção. Segundo a assistente social da Casa de Apoio Aura, Marilda Eugênia de Souza, os principais tipos de câncer que atingem crianças e adolescentes são as leucemias, seguidas do câncer no sistema nervoso central e câncer nos olhos. Ainda segundo ela, de cada 10 casos de câncer no Brasil, um é diagnosticado em crianças. “Os pais têm que ficar atentos, já que, muitas vezes, os pequenos não apresentam sintomas da doença ou não sabem explicar o que estão sentindo. Então, levá-los ao médico periodicamente é uma forma de diagnosticar a doença em fase inicial e, assim, aumentar as chances de cura”, explicou.
Casa Aura. Com capacidade para 15 crianças e seus responsáveis, a Casa de Apoio Aura opera em espaço provisório no bairro Paraíso, na região Leste da capital. A sede própria, que ampliará o atendimento para 54 crianças, deve ficar pronta em 2015. Segundo a assistente social Marilda Eugênia de Souza, 60% das crianças atendidas pela instituição são do interior do Estado e região metropolitana da capital.
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