PREJUÍZO DE R$ 500 MIL

Cinco veículos de transporte escolar 0 km são incendiados em Lassance

Duas pessoas permanecem presas pelo crime; uma delas, que seria o mandante, disse que o prefeito devia dinheiro ao pai dele, que já faleceu

Seg, 13/01/14 - 16h15

Cinco pessoas foram presas nesse domingo (12) em Lassance, no Norte de Minas, suspeitas de incendiarem quatro micro-ônibus e uma van da prefeitura da cidade. Os veículos destinados ao transporte escolar do município sequer foram usados antes de serem completamente destruídos. Eles haviam chegado há apenas um dia no pátio da prefeitura. A motivação do crime pode ser vingança, por causa de dívidas do prefeito com o pai de um suspeito. Há também a suspeita de motivação política.

Segundo a Polícia Militar de Pirapora, um funcionário tentou apagar o fogo após perceber o incêndio, mas já era tarde demais. As chamas destruíram os cinco veículos, gerando um prejuízo de R$ 500 mil. Após a ocorrência, diversas denúncias informaram o envolvimento dos suspeitos no crime.

Um deles, identificado como Ralf, de 35 anos, seria o mandante e teria pago R$ 400 a amigos para colocarem fogo nos veículos. Segundo o delegado Fernando Vetorazo, da delegacia de Várzea da Palma, que assumiu o caso, ele já tem passagem pela polícia por tráfico, é usuário de drogas e filho de um homem que trabalhava para o prefeito da cidade e já faleceu.

Segundo o delegado, Ralf disse que o prefeito devia dinheiro ao pai dele. O crime também pode ter motivos políticos já que o prefeito demitiu 300 pessoas no final do ano passado. A reportagem de O TEMPO tentou falar com o prefeito do município Dr. Idson Fernandes Brito (PC do B), porém, nenhum dos telefones da Prefeitura atendeu.

Os suspeitos

Ralf, que seria o mandante do crime, foi preso no domingo quando pilotava uma motocicleta embriagado. Ele chegou a fugir da viatura e dirigir em alta velocidade até entrar na contramão e subir em um meio-fio. Ele foi preso por direção perigosa e embriaguez ao volante.

Já Diovane, de 20 anos, conhecido como Billie Joe, foi apontado por moradores da cidade como executor do crime. "Em seu depoimento informal, ele chegou a dizer que estava no local, mas que não havia colocado fogo, e depois, na hora do depoimento oficial, ele disse que não estava lá", explicou o delegado.

As outras três pessoas que foram presas e liberadas por falta de provas são Ronan, 19 anos, Léo, 24, que é irmão de Billie Joe, e um adolescente de 17 anos. Além deles, uma outra pessoa pode estar envolvida no crime, mas ainda não foi localizada. As investigações continuam. 

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