Mil dobraduras em troca de um pedido de paz na Síria. Essa é a ideia de um projeto realizado pelos alunos do Colégio Salesiano, em Belo Horizonte, com o objetivo de minimizar, de alguma forma, o sofrimento do povo sírio, que, há seis anos, vive uma guerra no país e precisa buscar abrigo longe de casa, inclusive na capital mineira.
A iniciativa surgiu depois da divulgação da foto de um garoto sírio morto na praia, enquanto a família dele tentava fugir do país em guerra. Depois de fazerem uma oração pelo menino e pela família dele, os alunos decidiram que era preciso algo mais concreto. Eles tiveram uma ideia a partir de uma lenda japonesa que diz que quem faz mil “tsurus” (aves) de origami tem um pedido atendido.
“O pano de fundo do projeto é motivar a solidariedade, o aluno estar preocupado com pessoas que não conhece”, disse o professor de ensino religioso e um dos coordenadores do projeto, Amin Feres. Em maio, os estudantes iniciaram a confecção das dobraduras.
A produção durou dois meses, e, no fim, os alunos criaram um painel com o formato do mapa da Síria. Além disso, para divulgar o projeto, eles criaram nas redes sociais a #salebhpelapaznasiria.
Envolvimento. Cerca de 700 estudantes com idades entre 11 e 18 anos, do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio, aderiram ao projeto. Agora, a iniciativa está sendo divulgada para os 109 colégios salesianos do país, que vão realizar, no próximo dia 25, o Dia Brasileiro de Oração Salesiana pela Paz na Síria.
O estudante Matheus Hayashi, 17, participa da iniciativa desde o início. “Gostei muito, porque mostra que a escola não é só meio de conhecimento, mas também de vivência. Isso que está acontecendo na Síria deve acabar, e o projeto foi a forma que nós encontramos para contribuir com um gesto concreto pela paz”, disse.
---
O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.
Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.