Apesar da greve dos médicos peritos da Previdência Social, marcada para esta sexta-feira, os belo-horizontinos que tiverem perícias agendadas nos próximos dias, em uma das dez agências da capital, devem comparecer normalmente aos postos do INSS na data estabelecida pelo órgão. A orientação é do Ministério da Previdência Social.
De acordo com o Dr. Eduardo Henrique, delegado da gerência executiva de Belo Horizonte da ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social), os 53 médicos que fazem parte do quadro de peritos do INSS da metrópole devem aderir à greve. No entanto, ele ressalta que as normas para manutenção de serviços públicos serão cumpridas e 30% deles trabalharão durante a paralisação.
“A greve é uma deliberação em âmbito nacional entre os peritos e BH seguirá as diretrizes da ANMP. Desses 53 médicos do INSS, vamos pensar, por hipótese, que 16 sejam designados a cumprir essa demanda de 30% durante a greve. Em nosso atendimento terão prioridade pessoas com limitações físicas, idosos, gestantes ou com crianças de colo”, afirmou o delegado, em entrevista ao Jornal O Tempo.
Eduardo Henrique adverte que não será possível quantificar quantas perícias serão feitas por dia. “Ocorrerá um rodízio entre os peritos e faremos o possível para atender a demanda”.
Os médicos peritos reivindicam reajuste salarial de 27% e melhorias das condições de trabalho. “Uma carreira pública e forte é fundamental para o bom atendimento ao cidadão junto ao INSS e é por isso que estamos lutando”, explicou, em nota, a assessoria da ANMP.
A greve dos médicos peritos terá impacto sobre a renovação e concessão de benefícios por incapacidade, porém, outros serviços também devem ser prejudicados como a aposentadoria especial, aposentadoria do deficiente, auxílio-acidente e desconto do IR (Imposto de Renda) para doenças graves.
O INSS recomenda que em caso de dúvida, o cidadão que tenha perícia agendada ligue para a central de atendimento 135.
Servidores de outros setores da Previdência Social já estão de greve há quase dois meses. De acordo com o Ministério, a paralisação atinge todos os estados.
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