CIDADES

Começa captura de capivaras do entorno da lagoa da Pampulha

Trabalho depende da natureza, já que os roedores entram voluntariamente na armadilha atraídos pela cana-de-açúcar; animais serão contados e examinados

Seg, 29/09/14 - 20h11
Começou a ser usada nesta segunda-feira (29) a armadilha para capturar as capivaras do entorno da lagoa da Pampulha. No entanto, conforme o vice-prefeito de Belo Horizonte e secretário municipal do Meio Ambiente, Délio Malheiros, o trabalho depende da natureza, já que os roedores entram na armadilha, atraídos pela cana-de-açúcar. “O prazo é até o fim de outubro, mas pode ser estendido”, explicou Malheiros. 
 
O veterinário Pablo Pezoa – que coordena o projeto de manejo animais no local – informou que após a entrada das capivaras no cercado, elas serão acertadas com dardos de tranquilizantes. Os animais serão mantidos no parque ecológico até que a prefeitura defina para onde eles serão levados. 
 
Antes de definir esse local, conforme o vice-prefeito, é preciso capturar todos os animais e fazer um estudo na população. Serão analisadas questões como: quantidade de fêmeas e machos, a existência de doenças, dentre outros.
 
Ainda de acordo com Malheiros, o principal motivo da retirada dos animais é a exclusão de qualquer possibilidade de transmissão da Febre Maculosa. Além disso, os animais podem causar tanto em ruas e avenidas quanto no aeroporto da Pampulha. Outro motivo é a proteção dos jardins da lagoa. 
 
Início 
 
A discussão a cerca da retirada dos animais surgiu em fevereiro, quando um homem morreu de febre maculosa. A suspeita é de que ele tenha contraído a doença após um passeio de bicicleta na orla da lagoa da Pampulha.
 
Limpeza
 
A ação faz parte de uma série de investimentos de revitalização que estão sendo realizados na Lagoa da Pampulha. Até outubro, a Copasa irá acabar com 95% do esgoto despejado na lagoa. Os outros 5% seriam redes clandestinas. A partir disso, uma empresa contratada vai iniciar a limpeza do espelho d’água.
 

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