Tragédia

Corpos de mãe e filho são encontrados abraçados em mata

A jovem Cleifane Costa e o filho Samuel, de dois anos, estavam desaparecidos desde o início deste ano; o namorado dela foi detido e confessou o crime

Qua, 17/04/19 - 20h27

Depois de quase três meses de agonia e desespero sem saber o que teria acontecido com a filha, Cleifane Costa Campos, 24, e com o neto, Samuel, de dois anos, a cozinheira Rosy Silva recebeu, na manhã desta quarta-feira (17), a notícia que mais temia: os corpos de mãe e filho foram encontrados pela Polícia Civil, enterrados em um matagal na estrada do Farofa, no bairro Imperial, em Igarapé, na Grande BH. Muito abalada, Rosy não conseguiu falar com a equipe de reportagem.

Segundo a polícia, mãe e filho foram achados um dia depois da prisão do então namorado da jovem Erick Lopes Muniz, 28, que já era apontado pelas investigações como o principal suspeito do caso. A confirmação veio após o resultado de um exame de DNA comprovar que o sangue encontrado no carro dele  era mesmo de Cleifane.

De acordo com o delegado responsável pela delegacia de Igarapé, Edmar Henrique Cardoso, na época do desaparecimento, foi o próprio Muniz que entrou em contato com a família, auxiliou nas buscas e implantou pistas falsas. “Ele tem um perfil frio e calculista. Durante todo esse tempo ficava enviando mensagem para o celular dela dizendo que sentia saudades, pedindo para que ela voltasse. Na casa dele havia fotos dela espalhadas em todos os cômodos e temos relatos de que ele saía de carro procurando por Cleifane”, afirmou. 

Ainda de acordo com Cardoso, Erick não dá muitos detalhes do crime, apenas indicou o local onde teria enterrado os corpos, mas não explica a motivação nem o método. “Encontramos os corpos de Cleifane e Samuel abraçados, em uma cova rasa. Ela estava amordaçada, mas devido ao avançado estado de decomposição só a perícia que vai conseguir afirmar como eles foram mortos”, ressaltou. 

O homem está na delegacia de Igarapé aguardando vaga no sistema prisional e deverá responder por feminicídio, homicídio e ocultação de cadáver, podendo pegar mais de 50 anos de prisão.

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