Um menino de 11 anos levou três facas para a escola e atacou três colegas de sala na manhã desta terça-feira (21). Uma garota, também de 11 anos, ficou ferida com um golpe de faca na costela. Outras duas estudantes, da mesma idade, foram agredidas com enforcamento.
O caso ocorreu na Escola Municipal Josefina Souza Lima, no bairro Primeiro de Maio, na região Norte de Belo Horizonte, por volta das 10h desta terça. Segundo a Polícia Militar, o aluno agressor tem problemas mentais e teria surtado.
A informação foi confirmada pela gerente de Clima Escolar, da Secretaria Municipal de Educação, Letícia de Melo Honório, que disse que o menino estava bem, na sala de aula, e, repentinamente, se descontrolou atacando as outras alunas.
"Ele é uma criança com transtorno mental, que faz acompanhamento médico e nunca tinha causado nenhum problema na escola. Foi uma situação pontual. Hoje, ele estava bem e tinha sido medicado antes do ocorrido", explicou Letícia.
Segundo ela, o estudante é acompanhado por especialistas da educação, da saúde e da assistência social da Secretaria Municipal de Educação. Ele não tem um acompanhante na sala de aula. "A professora e os adultos que estavam perto interviram logo que as agressões começaram", explicou.
Segundo a polícia, o estudante levou as facas de cozinha dentro da mochila e tirou os objetos na sala de aula. Ele tentou atacar outras crianças, mas atingiu somente uma com a facada na costela. A motivação para o ataque é desconhecida.
Estado de saúde das vítimas
A menina que foi ferida na costela foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte, onde recebeu atendimento médico e foi liberada.
Segundo Letícia, o corte que a estudante teve foi superficial, e a família dela foi chamada para acompanhar o atendimento médico. As outras duas alunas que foram agredidas fisicamentes também não se feriram gravemente e foram levadas para um centro de saúde. onde receberam atendimento.
O menino que provocou os ferimentos também foi encaminhado para atendimento médico por causa de sua condição de saúde mental. Ele ainda não tem um diagnóstico fechado de qual transtorno mental teria.
Secretaria de Educação fará reunião com as famílias
Os familiares das alunas agredidas e do agressor vão ser chamados para uma reunião junto com os responsáveis pela escola. O aluno estuda na instituição desde o início do ano e, há dois meses, faz tratamento no Centro de Referência de Saúde Mental Infantil.
"Os envolvidos vão receber todo o acompanhamento psicológico e médico necessário. É importante lembrar que a educação municipal tem uma política de inclusão e que serão avaliadas as melhores medidas a serem tomadas em relação a essa situação", considerou Letícia.
Matéria atualizada às 17h41.
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