ADOLESCENTE ASSASSINADO EM VIÇOSA

Crime sem solução após um ano pode gerar mudança em investigação

Cerca de um ano após a morte de um adolescente na Universidade Federal de Viçosa, o advogado da família pede para que o caso saia da delegacia regional e passe para a Delegacia Especializada em Homicídios da capital

Seg, 07/03/16 - 19h29

A Polícia Civil já está analisando o pedido para que a morte de Gabriel Oliveira Maciel, de 17 anos, passe a ser investigada pelo Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa em Belo Horizonte. O que motiva o pedido do advogado da família, Fabiano Florio, é a falta de conclusão do inquérito, atualmente de alçada da delegacia de Teixeiras, distante cerca de 20 quilômetros de Viçosa, na Zona da Mata, onde o corpo do adolescente foi encontrado há um ano.

Gabriel desapareceu no dia 7 de março do ano passado depois de participar de uma calourada em Viçosa. Ele foi encontrado morto dois dias depois com um ferimento na parte de trás da cabeça em uma vala localizada em terreno pertencente à Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Uma das hipóteses investigadas na época do crime pela Polícia Civil apontava o envolvimento da vítima em uma discussão entre terceiros no fim da festa. Mas passado um ano, o caso ainda está em aberto e ninguém foi preso.

"Pedimos que o caso fosse transferido da delegacia de Viçosa e, agora, da delegacia de Teixeiras, para a Delegacia Especializada em Homicídios da capital. Nós entendemos que a forma como o caso estava sendo investigado não está muito coerente com as evidências do crime. E no interior, a demora acaba acontecendo devido a troca constante de delegados. Na delegacia especializada com os recursos disponíveis esperamos mais rapidez na conclusão do caso", explica o advogado Fabiano Florio.

Segundo a Polícia Civil, o pedido foi protocolado no fim da tarde desta segunda-feira (7) e já está em análise na superintendência da corporação. 

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