Sul de Minas

Décima vítima da tragédia de Capitólio é mulher que estava com a filha em lancha

Carmem Pinheiro da Silva, de 43 anos, natural de Cajamar, em São Paulo e estava na mesma lancha dos outros mortos com o namorado, a filha e o genro.

Seg, 10/01/22 - 13h41
Carmen estava com a filha e o genro na embarcação. | Foto:

A 10º vítima da tragédia de Capitólio, no Sul de Minas Gerais, foi identificada pela Polícia Civil de Minas Gerais. O corpo é de Carmem Pinheiro da Silva, de 43 anos, natural de Cajamar, em São Paulo. Ela acompanhava o namorado Geovany Teixeira da Silva, 37 anos, na embarcação e estavam com ela também a filha Camila da Silva Machado, 18 anos, e o namorado da garota. Todos morreram no acidente. 

Conheça as vítimas da tragédia e veja fotos delas

Segundo  a Polícia Civil, as dez vítimas foram identificadas por meio meio da datiloscopia. "A equipe da PCMG atuou na identificação de sete vítimas e contou com o apoio da Polícia Federal na identificação de outras três vítimas", informou a Polícia Civil. 

Investigação

A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da tragédia em Capitólio. A informação foi divulgada pelo delegado Marcos Pimenta, da regional da Delegacia em Passos nesta segunda-feira (10). Conforme o investigador, dez corpos foram identificados “de maneira formal” e estão à disposição dos familiares no Instituto Médico Legal (IML). Todas as vítimas estavam na embarcação “Jesus”, atingida pelo deslocamento da rocha.

“Em relação a uma obra do parque de lazer no cânion ter influenciado deslocamento da rocha, é muito prematuro afirmar qualquer tipo dessas ideias que estão circulando. Entretanto, a Polícia Civil não irá descartar nenhuma hipótese. Mas, com cautela, e a serenidade que o caso impõe, estamos ouvindo na data de hoje [segunda-feira], em três grupos distintos, no núcleo em Piumhi e no núcleo em Alpinópolis. Ambos estão colhendo informações do proprietário da lancha Jesus, que não estava na embarcação quando houve o choque”, pontuou Pimenta.

Testemunhas e pessoas que sofreram ferimentos leves também serão ouvidas pela instituição. O delegado detalhou, ainda, que um geólogo especialista auxilia no inquérito. No primeiro momento, frisou, a Polícia Civil “almeja dar conforto aos familiares” e “celeridade na identificação” da última vítima.

“Está previsto durante esta semana que uma equipe de delegados, investigadores e peritos criminais irem às imediações dos cânions com aeronaves, drones e embarcações. Nossa ideia, nosso objetivo, será estudar o local e averiguar se, nas imediações, também há outras pedras com essas características visando, juntamente com Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Marinha, e outros órgãos de fiscalização, a criação de uma saída para que outras pedras não consigam atingir aquela região, que é uma região rica do turismo e é um presente de Minas”, concluiu.
 

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