Crime em Ibirité

Depoimento de mulher que escondeu corpo do filho em sofá é adiado

Jovem não foi ouvida porque três testemunhas de defesa não foram localizadas para depor; juíza do caso marcará uma nova data para a audiência

Ter, 07/04/15 - 16h59

A mulher acusada de matar o filho e esconder o corpo em um sofá, em Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte, não foi interrogada durante a segunda audiência de instrução e julgamento do caso, ocorrida nesta terça-feira (7). O depoimento de Marília Cristiane Gomes estava previsto para a audiência desta terça, mas segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), não aconteceu porque três das oito testemunhas de defesa arroladas no processo não foram localizadas para depor.

A audiência de instrução, na qual a Justiça decide se a ré vai ou não a júri popular, começou nessa segunda-feira (6), quando foram ouvidas sete testemunhas de acusação listadas pela promotora Patrícia Parisi. A oitava testemunha de acusação, que de acordo com o TJMG é o perito que atuou no caso, foi ouvida na manhã desta terça. Como três das oito testemunhas da defesa não foram localizadas, a ré não pôde ser interrogada.

De acordo com o TJMG, a defesa de Marília tem prazo de cinco dias para apresentar a atualização de endereço das testemunhas.

O crime

Em julho do ano passado, Marília Cristiane Gomes chamou a polícia para comunicar o desaparecimento do filho, Keven Gomes Sobral, de 2 anos. De acordo com a primeira versão contada por ela, o menino desapareceu enquanto ela estava distraída, lavando roupas e ouvindo rádio. No entanto, ao ser pressionada por policiais que perceberam a frieza com a qual ela falava sobre o desaparecimento do filho, a mulher confessou o crime.

Marília contou que atirou Keven contra a parede porque ficou nervosa ao vê-lo mexer no celular dela sem permissão. Enfurecida, ela contou que foi até o quarto para colocá-lo de castigo, mas que perdeu a noção da força e acertou a cabeça de garoto na parede. Ele caiu desacordado e ela, com medo de ser presa e da reação dos vizinhos, achou melhor esconder o corpo da criança, mesmo sem ter certeza se ele estava morto.

Nova sessão

Segundo o TJMG, quando as testemunhas forem localizadas, a juíza Daniela Cunha Pereira, da 2ª Vara Criminal e de Execuções Penais de Ibirité, marcará uma nova data para a sessão. Após os depoimentos, a ré será interrogada.

Ministério Público e defesa terão cinco dias cada para as alegações finais e, então, a juíza do caso decidirá se Marília irá ou não a júri popular.

A reportagem de O TEMPO tentou contato com o advogado de Marília, Marco Antônio Siqueira, mas as ligações não foram atendidas.

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