Pouco mais de 70 dias após desabar e matar duas pessoas, o Batalha dos Guararapes chega ao seu fim e, ao que tudo indica, não deve ser reconstruído no mesmo lugar. O projeto do viaduto custou cerca de R$ 150 mil, a obra em torno de R$ 15 milhões, e a implosão R$ 1,2 milhão.
A Prefeitura de Belo Horizonte optou pela implosão do que restou baseada em uma recomendação não documentada da Cowan. Em uma palestra realizada no fim do mês passado, engenheiros da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), porém, defenderam um estudo que indicasse a melhor solução para viabilizar a recuperação da estrutura. Muitos acreditavam que, assim, o prejuízo poderia ser menor. O problema é que toda a estrutura, conforme especialistas, estaria condenada porque teria vários outros erros de execução da obra.
Mas os vizinhos do elevado não conseguem pensar em outra alternativa que não a de se verem livres dele. A advogada e presidente da associação de moradores dos edifícios Antares e Savana, Ana Cristina Drumond, afirma que trabalhará para não permitir a reconstrução no local.
Além da antiga avenida que cortava a Pedro I para ligar os bairros São João Batista, em Venda Nova, e Planalto, na região Norte, os moradores querem de volta o sossego perdido em mais de um ano de obras e transtornos. (JS)
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