Em Minas e São Paulo

Dez pessoas são presas por roubo e receptação de máquinas pesadas

A parte da organização que ficava na cidade de São Paulo era responsável pelo roubo das cargas, enquanto o núcleo mineiro atuava na recepção

Sex, 24/05/19 - 20h20
Os suspeitos foram capturados em estradas de Minas e São Paulo | Foto: Divulgação Polícia Civil

Ouça a notícia

Dez pessoas foram presas pela Polícia Civil de Minas Gerais nesta quinta-feira (23) no Sul de Minas e no interior de São Paulo acusadas de pertencerem a uma organização interestadual de roubo, adulteração e receptação de máquinas pesadas - retroescavadeiras, tratores, empilhadeiras e caminhões.

Ao todo, 16 pessoas da mesma organização foram presas desde o início das investigações e cinco delas já estão em liberdade.

Desde o início das investigações, em agosto do ano passado, os suspeitos foram presos nas rodovias do Sul de Minas e do interior de São Paulo, especificamente em cidades como Taubaté, Suzano, Campos do Jordão, Cana Verde e Bom Sucesso.

A parte da organização que ficava na cidade de São Paulo era responsável pelo roubo das cargas, enquanto o núcleo mineiro atuava na recepção. A suspeita é que o grupo já agiria há cerca de 30 anos.

Segundo a Polícia Civil, cientes de que uma empresa do interior do estado paulista fabricava essas máquinas, cujos preços variam entre R$ 200 mil e R$ 300 mil, os ladrões interceptavam os carregamentos no momento em que eles estavam sendo transportados para o Porto de Santos, onde seriam enviados para países como os Estados Unidos.

Também eram feitos roubos em fazendas e canteiros de obras. Após o roubo, eles encaminhavam o maquinário para outra parte do grupo em São Paulo que fazia a adulteração das máquinas e das notas fiscais. Depois disso, a parte da organização em Minas Gerais entrava em contato com os receptadores e vendia o maquinário por R$ 35 mil ou R$ 40 mil.

“O núcleo mineiro era responsável por identificar receptadores em potencial pra esse maquinário e viabilizar todo esse transporte de São Paulo até aqui para que chegasse a Minas e trabalhasse sem nenhuma suspeita”, explicou o delegado João Prata. 

De acordo com a Polícia Civil, cinco receptadores foram presos em Minas Gerais. As empresas, situadas no Sul de Minas, como em Lavras, segundo a corporação, sabiam da origem criminosa dos maquinários.

Os receptadores eram proprietários de empreendimentos como fazendas, empresas de terraplanagem e de setores de obras. “A partir do momento que tira circulação de quem compra, a gente dificulta o trabalho de quem rouba porque eles não têm para quem vender”, afirmou o delegado João Prata.

---

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.

Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.