Foi preso nessa terça-feira (18) pela Polícia Civil (PC) um homem de 45 anos que é suspeito de ter assassinado com um tiro na cabeça o adolescente Eric Ferreira de Freitas, de 16 anos, durante uma festa no sítio do suspeito na cidade de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Conforma a corporação, o homem foi preso durante o cumprimento de um mandado de prisão preventiva na manhã de terça. Ele se apresentou na delegacia dias após a morte do garoto, porém, como o período do flagrante já havia expirado, o suspeito acabou solto. Na primeira oitiva, ele alegou que o disparo foi acidental.
Porém, durante as oitivas das testemunhas, a delegada Ana Paula Kich ouviu versões diferentes. Os presentes na festa contam que o proprietário do sítio estava embriagado e buscou uma arma dentro de casa, colocando na cabeça do menor logo em seguida. Ainda de acordo com as testemunhas, não houve nenhuma briga.
O dono do sítio teria colocado várias barracas na área externa para os convidados dormirem. Como a casa estava repleta de adolescentes, o homem estaria falando sobre não querer que meninos e meninas dormissem juntos quando buscou o revólver calibre 22 e apontou para o adolescente. Após a sua prisão, o suspeito manteve a versão de disparo acidental, alegando que não sabia que a arma estava com munição.
O inquérito da delegada deverá ser finalizado nos próximos dias.
Relembre
A morte de Eric Ferreira de Freitas aconteceu no dia 2 de julho deste ano, um domingo. Três dias após o crime, a reportagem de O TEMPO tentou conversar com o pai da vítima que, muito emocionado, não conseguiu dar entrevista. Nas redes sociais, a mãe do rapaz e os amigos cobravam que o dono da arma fosse preso.
Primeira a ser acionada, a Polícia Militar (PM) informou que Freitas se divertia com os amigos no Sítio do Bunito, no distrito de Aranha, quando o proprietário do imóvel resolveu mostrar para os menores como manusear uma espingarda de chumbinho. Por volta de 1h50, o homem então decidiu guardar a espingarda e pegar uma arma de fogo – uma pistola, conforme os menores. Foi quando ocorreu o tiro que acertou o rosto de Freitas.
Duas versões diferentes são contadas para a forma como o disparo foi feito. Uma, que consta no boletim de ocorrência da PM e nos depoimentos colhidos pela Polícia Civil, é que a arma disparou assim que Oliveira apontou a pistola para cima.
A outra, que não foi relatada na hora da ocorrência, é contada pelos amigos de Freitas nas redes sociais. “Ele apontou para o Eric e perguntou se ele duvidava que apertaria o gatilho. O Eric sorriu e ele atirou”, disse uma testemunha, sob anonimato.
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