UBERLÂNDIA

Dupla de estelionatários é presa depois de dar prejuízo de R$ 100 mil

Golpe era aplicado contra empresa em que o criminoso trabalhou, ele foi identificado pelo seu ex-gerente ao ligar para fazer novas compras

Por Felipe Castanheira
Publicado em 16 de novembro de 2016 | 18:18
 
 
Material apreendido no endereço usado pela dupla para receber materiais comprados usando nome de dentistas de várias cidades Foto: Divulgação / PM

A voz de um ex-funcionário de uma revendedora de materiais odontológicos acabou por entrega-lo enquanto aplicava um golpe contra o lugar onde trabalhava. O estelionatário foi preso em flagrante em uma casa na manhã desta quarta-feira (16), em Uberlândia, no Triangulo Mineiro, junto com a parceira, que recebia as entregas.

Segundo a Polícia Militar, o homem usava os dados ao quais teve acesso no período em que trabalhava na empresa para comprar materiais, se fazendo passar por dentistas de outras cidades, principalmente de Belo Horizonte, e solicitando a entrega de diversos equipamentos, que posteriormente eram revendidos no mercado negro. Os golpes geraram um prejuízo de aproximadamente 100 mil reais a empresa.

A fraude foi descoberta quando o gerente da revendedora desconfiou do endereço dado para a entrega de uma remessa de equipamentos e pediu para escutar a gravação onde a compra era feita, intermediada por um call center. Ele reconheceu a voz do ex-funcionário e pediu que a PM acompanhasse a entrega.

O major da PM Júlio Cesar Cerizze, conta que no celular do suspeito foram encontradas mensagem que indicam que ele estava tentando aplicar os golpes em outras empresas do ramo e não descarta que ele tenha conseguido ludibriar outras companhias. Os golpes vinham ocorrendo desde de setembro e provocaram prejuízos de aproximadamente R$ 100 mil, mas o valor pode aumentar, caso outras vítimas sejam identificadas. Os criminosos compravam equipamentos caros, como pinos para fazer implantes dentários e aparelhos odontológicos.

A fraude foi descoberta quando as cobranças começaram a ser feitas aos dentistas que tiveram seus nomes e dados usados pelo estelionatário. Dois endereços eram usados para receber os produtos, um em Uberlândia e outro em Tupaciguara, a 70 quilômetros de distância.