O forte temporal que atingiu Belo Horizonte e região metropolitana na noite dessa quarta-feira (11) causou muitos transtornos e prejuízos. Em 12 horas, o registro de água foi equivalente ao previsto para dez dias no mês de dezembro.
A Defesa Civil de Belo Horizonte divulgou o balanço de atendimentos no município. Ao todo, foram 68 solicitações, sendo que a maior parte para alagamentos, totalizando 12, seguido de deslizamento de encosta, com nove atendimentos e desabamento parcial de muro de arrimo, com sete ocorrências. Já o Corpo de Bombeiros registrou, entre às 18h e 23h59, na capital e Grande BH, 19 pontos de inundações, oito solicitações de pessoas ilhadas e 14 cortes de árvores.
Segundo o órgão, a região Oeste da capital registrou a maior volume de água da chuva, com 104 mm, seguida da regiões Noroeste, com 85,4 mm, Centro-Sul, com 84,4, Venda Nova com 80,3, região Nordeste teve 75,6, a Leste com 72,6, Barreiro com 69,4, a região da Pampulha, com 69 mm e, por fim, região Norte com 39,6.
O temporal dessa quarta, a tempestade, que começou em alguns bairros por volta das 18h, não deixou nenhum ferido grave.
Na capital mineira foram registrados pontos de alagamentos na avenida Cristiano Machado, na altura do bairro Cidade Nova, na avenida Tereza Cristina, na região do Barreiro, e no Anel Rodoviário, no bairro Betânia. No entanto, o ponto do pior alagamento foi no cruzamento das avenidas Santa Terezinha e Atlântida, na região da Pampulha.
Além das inundações, os bombeiros atenderam ocorrências de, pelo menos, três desabamentos de muros. O primeiro caso aconteceu na Escola Municipal João Camilo de Oliveira Torres, no bairro Califórnia, na região Noroeste de BH. A Guarda Municipal interditou a área. Já na região Leste, um muro de uma casa desabou no bairro Boa Vista. Em Contagem, o muro de uma empresa do bairro Riacho das Pedras desabou.
Em Contagem, uma das cidades mais afetada da região metropolitana, militares atenderam solicitações de socorro de pessoas ilhadas na rua Gávea, no bairro Durval de Barros , na avenida João César de Oliveira, no bairro Eldorado e na avenida Francisco Firmo de Matos, no bairro Riacho das Pedras, onde quatro carros foram arrastados pela água da chuva.
De acordo com o Climatempo, a tempestade dessa quarta-feira aconteceu por causa da frente fria que atua no Estado. A previsão para esta quinta é de céu encoberto com chuva de fraca intensidade e, por enquanto, não há previsões de temporais. A temperatura mínima registrada durante a madrugada foi de 18º e a máxima deve chegar a 26º.
Fala do prefeito
Em entrevista à Rede Record nesta manhã, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, afirmou que R$ 500 milhões já foram investidos em ações para conter as enchentes e outros R$ 500 milhões estão em andamento.
Ainda segundo Lacerda, os investimentos irão beneficiar, principalmente, a avenida Tereza Cristina, na Cristiano Machado e na região do Barreiro.
O prefeito destacou, também, que, além dos investimentos, é necessário que as pessoas se conscientizem e não ocupem às margens dos córregos.
Trânsito
Devido à chuva e o excesso de veículos, o tráfego ficou lento na avenida Pedro I, entre a Vila Olímpica e a Barragem da Pampulha, na avenida Nossa Senhora do Carmo, entre o Trevo do Belvedere, na avenida Cristiano Machado, na avenida Carlos Luz, no bairro Caiçara e nos viadutos B e Leste do Complexo da Lagoinha. Em todos os casos no sentido centro de Belo Horizonte.
Falta de energia
Segundo a Cemig, na manhã desta quinta, alguns bairros de Nova Lima, na Grande BH, e em Sete Lagoas, na região Central do Estado, estão sem luz, mas os funcionários já trabalham para o restabelecimento da energia elétrica.
Ainda de acordo com a empresa, das 18 às 17h dessa quarta-feira, choveu cerca de 51mm. Ao todo, foram registrados 113 mm.
Os bairros Conjunto Califórnia, Água Branca e Vila Paris, em Contagem, ficaram sem luz. Em BH, moradores dos bairros Caiçara e Nova Esperança foram prejudicados pela falta de energia.
Atualizada às 10h53
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