Violência

Em crime brutal, mineira é encontrada esquartejada no Sul do país

Cíntia foi morta a golpes de martelo na cabeça e esquartejada no banheiro de sua casa no bairro Jardim Carvalho; assassino confessou crime

Qui, 27/08/15 - 20h27

A polícia ainda investiga o assassinato brutal da mineira de Uberaba Cíntia Beatriz Lacerda Glufke, que aconteceu no último dia 7 de agosto, em Porto Alegre (RS).

Ela foi morta e esquartejada na capital gaúcha, mas suas pernas e braços foram encontrados em São Joaquim (SC), a 350 quilômetros de distância. O suposto autor do crime, um 'amigo' da vítima, já está preso e confessou o crime. No entanto, as circunstâncias e motivação ainda têm alguns pontos a serem esclarecidos.

A delegada responsável pelo caso, Jeiselaure Souza, da 5º Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), relata que Vandré Centeno do Carmo, 25 anos, amigo da vítima, confessou o assassinato.

No dia sete de agosto, Cíntia foi morta a golpes de martelo na cabeça e esquartejada no banheiro de sua casa no bairro Jardim Carvalho, zona leste de Porto Alegre. Em seguida, Vandré enrolou o tronco e a cabeça em um lençol e os enterrou e cimentou em sua casa no bairro Rubem Berta, zona norte de Porto Alegre.

Os membros foram colocados em uma mala, que o Vandré levou consigo até a Rodoviária de Porto Alegre, onde pegou o ônibus para a turística São Joaquim, cidade na Região Serrana de Santa Catarina a cerca de 350 km da capital gaúcha.

Um vídeo mostra o assassino na rodoviária da cidade catarinense por volta das 19h30 do dia 7 (veja no vídeo acima). Vandré abandonou a mala, que foi achada no dia seguinte por um catador de latas, a duzentos metros da rodoviária.

"Uma dor forte de cabeça, tentei tomar mais vinho pra tentar me acalmar, mas piorou. Aí tive essa ideia maluca de pegar uma mala, assim sabe... talvez dar um fim nela e nunca mais ter esse sofrimento... ela não tá aqui, não vai poder me fazer mais mal. Eu errei, me arrependo disso", afirmou o rapaz no vídeo.

Os membros achados na cidade catarinense eram um mistério até que o marido de Cíntia retornou dos Estados Unidos, onde estava viajando a trabalho, porque soube do desaparecimento da esposa. Ele prestou depoimento no dia 14 de agosto. Foi quando os membros na cidade catarinense foram identificados, após o cruzamento de dados.

O marido da vítima disse, em seu depoimento, que a polícia procurasse o amigo, Vandré, para procurar informações sobre Cíntia. Aos descobrir que os membros em São Joaquim eram dela, a polícia chamou Vandré para depor, quando ele acabou confessando.

Segundo a polícia, em seu depoimento, Vandré chegou a dizer que tinha ido a São Joaquim visitar parentes, mas pressionado pela polícia, confessou.

A delegada ainda afirma que dois suspeitos estão presos. O assassino envolveu em seu depoimento o pai do marido de Cíntia, que também teria participado do assassinato. Em seu Facebook, o esposo defende o pai e afirma que todas as informações e ajuda para esclarecer o caso foram dados.

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