Revitalizada

Emoção marca a última missa na Igrejinha da Pampulha antes da reforma

Cerca de 200 fiéis estavam no local. Um deles, o biólogo Carlos Prates Renault, 52 anos, frequenta a igrejinha há mais de 10 anos torce para que a obra seja agilizada

Dom, 19/11/17 - 14h34

Flores brancas foram distribuídas para os fieis na porta da Igreja São Francisco de Assis, conhecida popularmente, como Igrejinha da Pampulha, na manhã deste domingo no encerramento da última missa antes do templo ser fechado para reformas.

Cerca de 200 fiéis estavam no local. Um deles, o biólogo Carlos Prates Renault, 52 anos, frequenta a igrejinha há mais de 10 anos torce para que a obra seja agilizada. "A igrejinha faz parte da vida da gente, ela não é um museu apenas, é um local de encontro com Deus, de espiritualidade. Espero que a obra seja rápida, mas sei também que a burocracia pode nos tirar esse templo, esse momento de adoração neste local que faz parte da cidade", disse.

A dona de casa, Maria da Conceição Rocha, 60, frequenta uma igreja em Santa Luzia, RMBH, e foi para a Igrejinha para participar da última missa. "Sempre que posso venho aqui e hoje não seria diferente. Um emoção sem fim e tenho certeza que ela vai ser reinaugurada e vamos voltar, se Deus quiser", disse a aposentada emocionada.

A aposentada, Catarina Claret Leite, 59, frequenta o templo, todos os domingos, há três anos e disse que esta muito triste com a reforma. "Sinceramente, estou triste sim, pois essas coisas demoram demais. Espero que tudo se resolva", disse.

Segundo o padre capelão da Igreja São Francisco de Assis, Otávio Juliano de Almeida, os fiéis foram orientados a frequentarem outras igrejas e ajudar outras instituições durante a obra. "Não podemos ficar sem congregar, temos que frequentar outras igrejas e ajudar a quem precisa. Brinco que só Deus saber a previsão desta obra, mas vamos ter fé que será breve", disse.

Além disso, Almeida disse que celebrar a última missa da Igrejinha foi emocionante, mas triste. "Muitos fiéis antigos estão tristes, os voluntários, sentimento de perda mesmo, todo mundo acostumado com as missas aqui, vamos ver até quando vai durar", lamenta.

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