PAMPULHA

Empresas se negam a abrigar as capivaras

Três instituições públicas tinham demonstrado interesse em receber os animais, entre elas a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mas desistiram por medo de doenças

Por Vanessa Soares
Publicado em 24 de fevereiro de 2014 | 23:36
 
 

Ainda falta local adequado para colocar as cerca de 250 capivaras que vivem às margens da lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, após a retirada e o período de quarentena. Três instituições públicas tinham demonstrado interesse em receber os animais, entre elas a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mas desistiram por medo de receberem capivaras doentes, segundo disse ontem o vice-prefeito da capital, Délio Malheiros, em audiência pública na Câmara Municipal.

O manejo está previsto para começar no próximo mês, com recolhimento dos animais e manutenção deles em quarentena, em uma área cercada no Parque Ecológico, na mesma região. Nesse período, o estado de saúde das capivaras será avaliado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio exames em material coletado nos animais e análise dos carrapatos retirados deles. Após os resultados, as portadoras da febre maculosa serão sacrificadas, mas ainda não há lugar para colocar as saudáveis.

“Se possível, até a próxima semana será definida a empresa que fará esse manejo. Vamos começar a captura (dos animais), e acreditamos que, durante o período de quarentena, apareçam instituições aptas a recebê-los”, disse Malheiros. Além do vice-prefeito, participaram da audiência ambientalistas e membros da prefeitura e do Ministério Público.

Termina nesta terça-feira (25) o prazo para as empresas apresentarem à Fundação Zoo-Botânica da capital as propostas de retirada dos animais.

Entenda

No início deste mês, um aluno de engenharia de 20 anos morreu com febre maculosa. O jovem pode ter contraído a doença – transmitida pelo carrapato-estrela, encontrado em animais como as capivaras – após um passeio de bicicleta pela orla da lagoa.