Capital

Encontro discute os desafios das escolas no pós-pandemia

Evento reuniu estudiosos e gestores da área para debater as lições tiradas durante o período de isolamento e os próximos passos da educação

Qua, 24/11/21 - 23h42
Igualdade de acesso a oportunidades foi um dos temas debatidos no encontro | Foto: Videopress Produtora

Pensando na democratização da informação digital e presencial no ensino público e privado no período pós-pandemia em Belo Horizonte, o grupo Decisão - responsável em integrar unidades de ensino no Estado - reuniu professores, estudiosos e gestores da educação pública e privada nesta quarta-feira(24), na capital, para debaterem os próximos passos da educação.

"Colocar em pauta debates sobre educação e seus rumos é primordial para que a mudança chegue em um futuro breve", disse o professor e gestor da rede Decisão, Daniel Machado.

De acordo com o filósofo e teólogo Francisco Morales, uma das diretrizes do novo plano educacional deve se basear no fomento de ideias capazes de colaborar com a igualdade de acesso a oportunidades e o senso humanitário nas escolas da capital mineira.

"A pandemia trouxe a inclusão e a exclusão na educação. A pandemia nos trouxe a clareza que a escola deve ser vista como um lugar que ajude a construir a igualdade de oportunidades," disse o estudioso. 

Já o diretor pedagógico Sérgio Godinho disse que a desburocratização da informação deve fazer parte do aprendizado do futuro. "A educação foi muito formalizada. As carteiras enfileiradas estão associadas à ideia de educar por meio de notas. A melhor maneira de educar é fazer com que os alunos aprendam de forma próxima e humana. O aprendizado mais autônomo faz parte do processo de desenvolvimento humano, como foi revelado na pandemia. Esse tipo de ensino existe em BH e precisa ser levado para todos por meio da transformação educacional", enfatizou. 

Quanto ao ensino público

Segundo o chefe de gabinete da Secretaria do Estado de Educação (SEE), Gustavo Braga, a escola do futuro tenderá a ser híbrida, contando ainda com o desafio de resgatar a proximidade com a classe estudantil.

"Para driblar os efeitos da pandemia na educação, tivemos que implantar meios de massa para a informação chegar até nossos 1,8 milhão de alunos, como impressão de manuais didáticos, veiculação de aulas em canais governamentais e criação de um aplicativo de manuseio gratuito. Tudo isso será mantido e atrelado ao reforço dos vínculos entre professores e alunos, que são criados com as aulas presenciais", pontuou Braga.

Confira, na próxima segunda-feira, conteúdo especial sobre o evento dos desafios da educação no pós-pandemia, no portal e no jornal O TEMPO

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