Equipes enfrentam dificuldades no resgate de corpos de queda de avião

Equipes do Corpo de Bombeiros, do Núcleo de Operações Aéreas (NOA) da Polícia Civil, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), tentam, desde a manhã deste sábado (10), resgatar os corpos dos pilotos Fausto Mesquita e João Paulo Araújo, que morreram durante um voo que decolou de Caratinga, na última terça-feira (6).

De acordo com o Corpo de Bombeiros, na madrugada, as equipe começaram a elaborar estratégia para a operação de retirada dos destroços e vítimas. No entanto, a fenda, onde a aeronave caiu é de difícil acesso. Atuam 11 bombeiros, cinco policiais civis, dois investigadores do Cenipa, com auxílio de dois helicópteros e duas viaturas dos bombeiros.

Nessa sexta-feira (9), destroços do monomotor Corisco Neiva EMB-711C, prefixo PT-NKU e partes dos corpos dos dois ocupantes foram encontrados na Serra do Caraça, entre Santa Bárbara e Catas Altas, na região Central do Estado. Os homens, que são naturais de Governador Valadares, seguiam para Pará de Minas, na região Central do Estado.

Conforme o delegado Ramon Sandoli, chefe do NOA, o resgaste dos corpos e dos destroços, além do trabalho de perícia, foi dificultado pela chuva que cai no local, na tarde dessa sexta. Desde essa quinta-feira (8), os helicópteros Carcará, da Polícia Civil, e Arcanjo, do Corpo de Bombeiros, juntamente com outra aeronave, pilotada por José Bergue Filho, amigo dos pilotos do avião, dividiram os quadrantes do local apontado como o mais provável para a queda.

Desaparecimento

O monomotor Corisco Neiva EMB-711C, prefixo PT-NKU, decolou por volta de 11h de terça-feira (6) com destino a Pará de Minas, onde deveria ter pousado às 13h. Entretanto, até às 15h do mesmo dia, os pilotos ainda não haviam chegado ao município como previsto.

"A aeronave estava com os documentos vencidos. Eles estavam indo na oficina de Pará de Minas para fazer a renovação do documento. Não podiam fazer plano de voo, porque não seria autorizado a decolagem de Caratinga, porque precisa do documento IAM", explicou o também piloto Dennis Campos, que é amigo dos desaparecidos. O avião é particular e pertence a João Paulo Araújo.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou à reportagem de O TEMPO que foi notificado do desaparecimento da aeronave às 21h50 da terça.

Atualizada às 16h46