Em Leopoldina

Ex-marido suspeito da morte de vereadora em Argirita é preso

Homem era considerado foragido e se apresentou voluntariamente à polícia; crime aconteceu em 2013

Qui, 05/03/15 - 17h05

O ex-marido da vereadora Daniela Maria do Carmo de Paula, principal suspeito da morte da parlamentar, foi preso nesta quinta-feira (5), ao apresentar-se na 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Leopoldina, na Zona da Mata. Daniela era vereadora em Argirita, também na Zona da Mata, e foi morta com um tiro na cabeça, em abril de 2013, dentro do banheiro do Procon da cidade. O suspeito tinha um mandado de prisão em aberto, que foi cumprido pela delegada Gisela Borges de Mattos.

Segundo ela, o homem é suspeito de praticar homicídio duplamente qualificado. Ele chegou a ser preso temporariamente pela morte de Daniela na ocasião, mas, em março de 2014, um alvará de soltura o retirou do Presídio de Leopoldina. Quando o atual  mandado de prisão preventiva foi expedido, ele não foi mais encontrado e passou a ser considerado foragido.

Ainda de acordo com a delegada, o suspeito não tinha antecedentes criminais e, ao ser preso, não quis prestar nenhuma declaração sobre o crime, embora tenha lhe sido dada oportunidade de falar.  O preso foi encaminhado para o Presídio de Leopoldina.

O caso

No dia 17 de abril de 2013, Daniela foi morta dentro do banheiro do Procon de Argirita, onde ela e o ex-marido trabalhavam. Ela teria ido até o local para conversar com o suspeito, na tentativa de evitar que os colegas de trabalho ouvissem a discussão entre o casal. Depois de 15 minutos, o ex-marido de Daniela saiu do local pedindo socorro para a ex-mulher, dizendo que ela já estava ferida quando a encontrou.

Os levantamentos apontaram que a vereadora sofria constantes agressões do ex-marido, embora nunca tenha procurado a polícia para registrar tais fatos. Ela queria terminar o casamento, que já durava quase dois anos, mas o suspeito não aceitava o divórcio. Apesar de dormirem em quartos separados, os dois ainda viviam na mesma casa e o preso a acusava de manter um relacionamento extraconjugal.

O inquérito que apurou o homicídio foi concluído e encaminhado à Justiça ainda em 2014, constando que Daniela recebeu um tiro de pistola calibre 380.

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