São Bento

Família de mulher morta atropelada na Raja, em BH, pede por justiça

Motorista que conduzia a BMW que matou Jerusa ainda não foi encontrado pela polícia

Seg, 13/01/20 - 18h22

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Em busca de notícias das investigações e do paradeiro do condutor do veículo que atropelou e matou a gerente de indústria farmacêutica Jerusa de Alencar Viana, 47, no último sábado (11), a irmã e o namorado da vítima compareceram na tarde desta segunda-feira (13) na Delegacia Especializada de Acidentes de Veículos (DEAV).

Jerusa foi atropelada na avenida Raja Gabáglia, no bairro São Bento, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, quando descia do carro para comprar um suco em um supermercado no último sábado (11). O motorista, que estava em uma BMW, fugiu e ainda é procurado pela polícia.

Namorada do representante comercial João Marcos Ribeiro, 50, com quem tinha planos de se casar, há nove meses, Jerusa havia saído de casa, no bairro Estoril, e levado o filho de 18 anos em uma festa na avenida Raja Gabáglia quando decidiu parar para comprar um suco integral. Antes, contudo, ela havia tomado um café com o namorado, que chegou a pedir que ela o deixasse dirigir. “Antes de sair de casa, a gente tava tomando café e eu falei: se você quiser eu posso levar o carro. E ela falou que não, que ela levava”, disse Ribeiro.

O representante comercial estava ao lado da namorada no momento do acidente, mas, segundo ele, ainda é difícil lembrar o que aconteceu. “Para te falar a verdade, eu nem vi. Foi tão rápido. Eu corri para ajudar e as testemunhas viram. Ele evadiu do local e foi embora.  Ela estacionou. Quando a gente foi descer do carro, ela desceu e, assim que ela desceu, essa pessoa veio e passou por cima. Ela estava acabando de abrir a porta. Ele estava em altíssima velocidade. Eu calculo mais de 120 km/h. Bateu, matou e fugiu”, afirmou Ribeiro emocionado.

O namorado da vítima afirmou que a família, agora, precisa de justiça. “Se alguém souber o paradeiro desse assassino, que faça denúncia no 181. Não precisa se identificar, é só ligar. Agora é pedir a Deus conforto para os familiares e esperar a justiça fazer o papel dela, que eu espero que faça. É um coitado, digno de dó, mas tem que ser levado a justiça, e pagar pelo o que ele fez, de uma maneira bem justa, correta e dentro da lei”, completou.

A irmã de Jerusa, a servidora pública Juliana de Alencar Viana, 37, afirmou que a família fará de tudo para ajudar a encontrar o suspeito. “A família toda quer acompanhar pessoalmente o caso, porque estamos muito consternados com a situação. A gente quer fazer justiça em memória da minha irmã e vamos acompanhar isso dia a dia. A gente se colocou à disposição para ajudar em todas as situações cabíveis. Minha irmã deixa dois filhos adolescentes, que agora estamos vendo como vamos acolhe-los. Estamos vendo questões de ordem prática, de escola, de companhia, do lar, dos afazeres domésticos, como vamos lidar com isso. Todos nós estamos sem palavras com tudo o que aconteceu. Quem puder comparecer à delegacia, que viu alguma coisa, viu uma BMW em alta velocidade, no sábado em torno de 20h30 na raja, a gente agradece muito. A gente quer muito fazer justiça pra esse caso. Não vai trazer ela de volta, mas a justiça tem que prevalecer e a gente acredita muito na justiça”, afirmou. 

O delegado à frente do caso, Rodrigo Fagundes, realiza, na tarde desta segunda-feira, diligências em busca do suspeito. A Polícia Civil não quis adiantar as informações das investigações para não atrapalhar o andamento do caso.

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