Após Agressão

Garoto agredido vai mudar de escola em Belo Horizonte

Segundo ela, apesar de acordada, a vítima não está totalmente consciente em função dos medicamentos tomados

Ter, 19/03/19 - 21h00
Escola onde aconteceu o crime | Foto: Reprodução Google Street View

O jovem de 18 anos que foi espancado e levado desacordado para o Hospital de Pronto Socorro João XXIII irá trocar de escola.  Cil Farney Duarte Ferreira vai passar a noite internado mas já está fora de perigo. As informações são da mãe dele, Andréa Ferreira, de 41 anos, que conversou com a reportagem de O Tempo, enquanto esperava notícias do filho na porta do hospital. 

Segundo ela, apesar de acordada, a vítima não está totalmente consciente em função dos medicamentos tomados. Mesmo medicado, entretanto, o garoto está sentindo muitas dores na cabeça e nas costas. “Ele parece estar bem mas não estamos tendo tanta notícia dele. Não podemos todos ficar lá em cima com ele então estamos aqui na porta esperando”, conta. Ao lado dela, o outro filho, de 16 anos, que estuda na mesma escola. Ainda de uniforme, ele esperava pela recuperação do irmão. 

A mãe disse não ter tido conhecimento de nenhum desentendimento anterior entre a vítima e o agressor. “Eu nem sei quem é esse menino. Nunca vi e não sei nada dele. Foi um choque quando eu soube que meu filho veio desacordado para o hospital. Ele nunca tinha brigado na escola e de repente acontece uma coisa dessas”, disse. Ainda segundo ela, por segurança, vai tirar os dois filhos dessa escola. 

Enquanto isso, o agressor, José Henrique Ferreira, de 18 anos, aguarda definição do futuro na delegacia. São quase dez horas de espera na Central de Flagrantes 3, no Barreiro. Segundo um dos policiais que acompanhava a ocorrência, o cabo Renato Barçante, como o garoto tem 18 anos, ele deve responder por agressão.

Caso o delegado acate o flagrante, ele pode ser encaminhado para um presídio hoje ainda. Definição que até o momento não aconteceu. A assessoria de imprensa da Polícia Civil disse apenas que a ocorrência está em andamento não sendo possível dar mais detalhes. 

José Henrique não quis falar com a reportagem mas, ao lado do irmão, debochou quando ouviu que a vítima estaria internada. Questionado sobre a atitude, ele respondeu: "Se não fosse ele seria eu quem estaria lá. Ele me agrediu primeiro".

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