tubulação de gás

Gasmig culpa gestão anterior por suspensão das obras em Belo Horizonte

Obras estão suspensas até que a Companhia solucione 15 falhas relacionadas ao reparo de vias impactadas pela expansão da rede de gás

Sáb, 28/02/15 - 15h30
A prefeitura de Belo Horizonte (PBH) suspendeu, nessa semana, as obras de implantação de tubulação de gás realizadas pela Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) na capital. Após fiscalização, a PBH constatou 15 problemas relacionados ao reparo de vias impactadas pela expansão da rede de gás nos bairros Sion, Belvedere e Lourdes, na Região Centro-Sul, e Buritis, na Região Oeste. Novos serviços não serão licenciados antes que a Gasmig cumpra a resolução de todos os itens.

Em nota, a Gasmig esclarece que recebeu a lista de falhas na última segunda-feira (23) e que já elaborou um cronograma para rever as questões levantadas. Segundo a Companha, até o momento nove dos 15 itens foram reparados, sendo que os seis restantes serão solucionados até a próxima sexta-feira (06). A nota diz que, ao tomar posse no dia 23 de janeiro, a nova diretoria da Gasmig observou diversos assuntos críticos, refletidos em ações externas, frutos de falhas da gestão anterior.

"A equipe identificou a deficiência de estruturação para atender a demanda exigida pelos diversos segmentos de atuação. O trabalho no mercado varejista, iniciado há cerca de três anos, requer ações de longo prazo para preparar a empresa para atender a demanda, o que não havia sido feito pela gestão passada desde que os trabalhos de expansão da rede se iniciaram em 2012", diz a nota.

A Companhia também ressalta que um dos principais problemas é a falta de funcionários, do quadro próprio, para fiscalizar o trabalho das empreiteiras contratadas. "A carência de mão de obra é resultado da decisão da gestão passada de encerrar o processo de contratação por meio do último concurso público, realizado em 2012. O processo licitatório que tinha validade até 28 de agosto de 2014, mas que poderia ser prorrogado por mais dois anos, foi suspenso pela administração anterior e, hoje, prejudica o andamento de várias ações da Gasmiig", afirma.
 
A nota diz ainda que, até 4 de agosto de 2014, a Gasmig contava com o apoio de um contrato terceirizado para fiscalização de obras, que não foi renovado. A Companhia diz que, como uma nova licitação também não foi feita, "há sete meses trabalha sem apoio para realizar a fiscalização adequada das obras feitas pelas contratadas". "Hoje, a equipe própria da Gasmig conta com apenas quatro profissionais – dois técnicos e dois engenheiros – responsáveis pela fiscalização de todos os trabalhos que acontecem em diversos pontos da cidade", diz o texto.

Por fim, a Gasmig informa que deve ser finalizada licitação até a primeira quinzena de março para a contratação de nova empresa para auxiliar na fiscalização das obras. Enquanto isso, uma equipe temporária está sendo contratada para auxílio em caráter de urgência. Sobre o pavimento utilizado na reparação do asfalto, a Companhia diz que a "construção da rede de gás natural é composta por várias fases e, para garantir a segurança de veículos e pedestres, a Gasmig aplica um asfalto provisório ao final de cada etapa. Após o término dos trabalhos, é feito o recapeamento definitivo", conclui.
 

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