Manifestação

Grupo sem terra fecha completamente seis rodovias federais em Minas

As interdições aconteceram na BR-381, em Santo Antônio do Amparo, na BR-251, em Montes Claros, na BR-153, em Frutal, na BR-365, em Monte Alegre de Minas, na BR-116, em Frei Inocêncio, e BR-120, na Zona da Mata

Qua, 11/03/15 - 09h43
Rodovia está fechada nos dois sentidos, na altura da praça de pedágio | Foto: Polícia Rodoviária Federal/Divulgação

Manifestações do Movimento Sem Terra (MST) fecharam completamente seis rodovias federais que cortam Minas Gerais, na manhã desta quarta-feira (11). Na BR-381, em Santo Antônio do Amparo, na região Centro-Oeste de Minas Gerais, o protesto terminou por volta das 11h30, na praça de pedágio, na altura do KM 658. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), às 12h todas as vias estavam totalmente liberadas.

De acordo com a concessionária Autopista Fernão Dias, que administra a BR-381, entre São Paulo e Minas Gerais, foram registrados cinco quilômetros de congestionamento, em cada um dos sentidos. Inicialmente, os motoristas estavam conseguindo passar, sem pagar o pedágio, por duas cabines que estavam liberadas. Minutos depois, os manifestantes fecharam tudo. No fim da manhã, uma chuva dispersou o grupo, que pede para os motoristas não pagarem o pedágio. A Autopista Fernão Dias informou que os prejuízos causados pelo não pagamento da tarifa ainda não foram calculadas.

As outras estradas foram a BR-251, em Montes Claros, no Norte de Minas, a BR-153, em Frutal, e a BR-365, em Monte Alegre de Minas, ambas na região do Triângulo Mineiro, e a BR-116, em Frei Inocêncio, na região do Rio Doce, segundo a assessoria de imprensa da Polícia Rodoviária Federal em Brasília, que não informou em qual altura esses protestos aconteceram. No site do MST consta que eles também interditaram a BR-120, na Zona da Mata.

Desde às 6h30 os grupos começaram a se espalhar pelas vias. Em alguns pontos, o protesto aconteceu com queima de pneus. Somando os atos, foram cerca de 3.000 trabalhadores envolvidos, que pedem pelo assentamento de 5.000 famílias e assistência técnica a outras 120 mil, que já estão em assentamentos.

O grupo desejava a presença da imprensa e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) nos locais. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanhou as manifestações e negociou a liberação dos trechos.

Atualizada às 18h22.

---

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.

Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.