VINGANÇA

Homem diz que matou ex-namorada porque foi estuprado

A vítima foi encontrada morta em casa e os colegas de trabalho chamaram a polícia porque a mulher nunca se atrasava para o trabalho, na prefeitura de São José da Lapa

Ter, 16/12/14 - 15h46

A morte da servidora pública Lucineia Cordelia Silva, de 37 anos, que chocou o município de São José da Lapa, na região metropolitana de Belo Horizonte, pode ter sido motivada por vingança. O suspeito do crime, que é ex-namorado da vítima, contou à polícia que a esfaqueou como forma de retaliação por um estupro que sofreu e que, segundo ele, teve a participação de Lucineia. A servidora trabalhava como pregoeira na prefeitura de São José da Lapa e foi encontrada morta dentro de casa no dia 5 de dezembro. À polícia, D.R.S., de 29 anos, confirmou o assassinato e disse ainda que fez uso de bebida alcoólica antes de cometer o crime.

“Ele alega que a motivação teria sido um estupro que ele sofreu durante uma festa em um sítio”, disse a delegada responsável pela investigação, Camila da Silva Miller. Segundo ela, o suspeito contou que tomou um copo de água oferecido pela vítima e “apagou”. Depois que acordou, ele percebeu que havia sido vítima de um abuso.

D.R.S. e Lucineia tinham terminado o relacionamento no meio do ano. No dia do crime, ele teria ido até à casa da mulher e os dois saíram para um passeio de carro. Ao retornarem, enquanto ainda conversavam, o homem sacou uma faca que havia pegado na cozinha e desferiu vários golpes no abdômen da vítima. Ao vê-la caída, ele ainda a golpeou mais uma vez no pescoço.

Após o crime, o homem roubou o carro dela, além de alguns pertences, e fugiu. Ele foi preso no dia seguinte ao crime, próximo à Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, depois de tentar vender o veículo e se envolver em um acidente de trânsito na localidade de Salgadinho.

De acordo com a delegada Camila Miller, D.R.S. está no presídio de Vespasiano, em prisão preventiva pelo crime de homicídio. O inquérito que apura o caso ainda não foi finalizado.

Entenda

Lucineia Cordelia Silva, de 37 anos,  foi encontrada morta, em cima da própria cama, no dia 5 de dezembro. Colegas da funcionária pública, que trabalhava como pregoeira na Prefeitura de São José da Lapa, estranharam o atraso dela e acionaram a PM.

No mesmo dia, Lucineia foi encontrada morta com perfurações no pescoço e no braço. O principal suspeito, o ex-namorado da vítima, desapareceu após o crime.

Lucineia morava sozinha e tinha acabado de se formar em direito. Ela iria buscar a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na semana em que o crime aconteceu.

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