Falsidade ideológica

Homem que se passava por policial civil até para a esposa é preso em BH

Suspeito teria discutido no trânsito e ameaçado um motorista; militares encontraram blocos de infração de trânsito, adesivos da corporação e até um documento falso

Por Lucas Morais
Publicado em 03 de agosto de 2020 | 12:10
 
 
Caso aconteceu no bairro Paulo VI, na região Nordeste de Belo Horizonte Foto: Reprodução/Google StreetView

Depois de tentar se passar por policial civil até na abordagem dos militares, um homem de 36 anos foi preso no bairro Paulo VI, na região Nordeste de Belo Horizonte. Conforme o boletim de ocorrência, o suspeito teria ameaçado com arma de fogo um motorista durante uma briga de trânsito, quando foi alvo de denúncia anônima. No local, a Polícia Militar (PM) afirmou que, em um primeiro momento, ele confirmou que seria um servidor da corporação.

O falso policial ainda teria apresentado uma carteira de couro com o brasão da entidade. Em seguida, os militares solicitaram a carteira funcional, porém o suspeito mostrou um papel de uma associação de classe com um adesivo que imitava o documento solicitado. Questionado novamente, ele manteve a versão dos fatos. A esposa, que estava no banco do passageiro, também confirmou a profissão do marido.

Sem conseguir manter a farsa, o homem afirmou que trabalha em um jornal que presta serviços de informante para a Polícia Civil e atuava com alguns delegados. O veículo do suspeito, que estava com a documentação de 2018, foi revistado e os militares encontraram uma réplica de arma de fogo, além de três adesivos da corporação.

Já a mulher garantiu à PM que não sabia que o esposo se passava por agente da corporação e permitiu que os militares entrassem na residência do casal. No local, foi localizado um bloco de auto de infração de trânsito, além de adesivos da delegacia de roubo a bancos.

A viatura ainda se deslocou para a casa do pai do suspeito, quando localizou documentos de identificação de detetive particular e camisas da corporação. Diante das evidências, o homem foi preso por falsidade ideológica e conduzido para a Central de Flagrantes (Ceflan) 1, no bairro Floresta, região Leste da capital. 

Procurada, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que o suspeito foi autuado em flagrante pelos crimes de falsidade ideológica (art. 229 – Código Penal), veículo adulterado (311 – Código Penal), e por dirigir com Carteira Nacional de Habilitação cassada (art. 309 – Código Brasileiro de Trânsito).

Ele será encaminhado ao sistema prisional. "A PCMG informa que o suspeito nunca foi servidor da instituição", reforçou o órgão.

Atualizada às 20h.