Será ouvido nesta sexta

Inquérito de atentado a promotor deve ser concluído na segunda-feira

Delegado vai incluir ex-vereador como envolvido no crime, assumido por seu filho; promotor continua com duas balas alojadas no corpo

Qui, 26/02/15 - 20h58

Vítima de um atentado no último sábado, o promotor de Justiça Marcus Vinícius Ribeiro Cunha, da comarca de Monte Carmelo, no Alto Paranaíba, vai ser ouvido nesta sexta-feira (27) pela Polícia Civil. O local do depoimento não foi divulgado. "Falta praticamente isso, além de algumas pendências menores que já estão sendo realizadas, para concluirmos a investigação", disse o delegado responsável pelo caso, Wilton José Fernandes.

Segundo ele, o inquérito vai ser concluído na próxima segunda-feira e deve constar o envolvimento do ex-vereador Valdelei José de Oliveira e o filho dele, Juliano Aparecido de Oliveira, no crime, apesar de esse ter assumido a autoria. "Acreditamos na motivação por vingança e que os dois tenham participado do atentado", afirmou. Ambos seguem presos em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.

Cunha continua com duas balas alojadas no corpo, que não oferecem risco à saúde, e ainda precisa de repouso e fisioterapia para recuperar toda a capacidade pulmonar, mas se recupera bem. "Ele está se alimentando, andando normalmente e fazendo as atividades que já fazia diariamente", disse o médico e diretor clínico Luiz Henrique Vidigal, do Hospital Santa Clara, em Uberlândia, de onde Cunha recebeu alta na última quarta-feira.

Um parente de Cunha, que pediu para não ser identificado, reforçou que o promotor está bem. "É um homem com sete vidas, graças a Deus", disse. Segundo ele, a família continua sob proteção, mas o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) não ofereceu informações sobre o assunto.

Manifesto

Promotores e juízes do Estado realizam, nesta sexta, um ato público de repúdio ao atentado, em Uberlândia. Entre os participantes confirmados, estão o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Carlos André Mariani Bittencourt.

Segundo o presidente da Associação Mineira do Ministério Público (AMMP), Nédens Ulisses Freire, o objetivo é mostrar que o atentado atingiu não apenas Cunha, mas também várias instituições da Justiça. "Ele só sofreu o atentado por cumprir com firmeza suas funções, e esse ato não vai intimidar os promotores", afirmou.

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