Assaltos

Insegurança ronda a Andradas 

Pedestres e ciclistas são alvos de ladrões, que agem na avenida em horários de pouco movimento

Por Johnatan Castro
Publicado em 26 de março de 2015 | 03:00
 
 
Criminosos e usuários de droga aproveitam muros da linha férrea quebrados para se esconderem FOTO: MOISES SILVA / O TEMPO

Local muito frequentado por ciclistas e praticantes de caminhada, o trecho da avenida dos Andradas entre os bairros Santa Efigênia e Pompeia, na região Leste da capital, sofre com a ação de criminosos. Nos horários de pouco movimento, sobretudo à noite, quando a escuridão toma conta por causa da pouca iluminação, e nos finais de semana são comuns os assaltos e furtos.

Moradores, comerciantes e frequentadores das imediações reclamam do policiamento insuficiente. Prova disso é que ao menos duas pessoas tiveram as bicicletas levadas enquanto pedalavam na avenida, somente na última semana.

Geraldo Vieira de Carvalho, 60, tem uma barraca de cocos no local e conta que os crimes são recorrentes. Na última sexta-feira, ele presenciou um jovem aparentando cerca de 20 anos tentando roubar uma bicicleta que estava trancada próximo à pista de corrida. “Roubaram uma moça aqui há menos de 20 dias. De manhã é tranquilo, mas mais tarde é perigoso. Principalmente por volta das 15h e depois das 21h”, relatou.

A artesã Gilma Lopes da Cruz, 57, frequenta a pista de corrida todos os dias, logo no início da manhã. Há um mês, se arriscou a praticar exercício por volta de meio-dia, mas foi assediada por dois homens. “Estava muito vazio e só estava eu e uma outra mulher. Dois homens passaram e começaram a nos cantar. Um deles falou que iria nos pegar. Nunca mais volto nesse horário”, disse.

Também vendedor de cocos na avenida, Jhonatan Silva Domingos, 21, explica que uma minoria se aventura a praticar esportes durante a noite, após as 22h. “Há um mês abordaram uma moça aqui perto e roubaram o celular dela”.

Apesar dos relatos, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) não disponibiliza estatísticas de crimes na via, por “questões estratégicas de segurança”.

Comércio. No comércio da avenida, os casos de roubos são ainda mais frequentes. Há menos de dois meses, os funcionários de uma concessionária foram rendidos por homens armados, no meio da tarde. Eles levaram uma caminhonete, localizada algumas horas depois. “Entraram aqui com armas e simplesmente pediram o veículo. Aqui tem policiamento de vez em quando, mas não é suficiente”, afirmou o vendedor Paulo Lima Gomes, 55.

Saiba mais

Mato. Muro. 0Usuários da pista de corrida reclamam do mato no local. A Superintendência de Limpeza Urbana informou que a última capina foi realizada em janeiro e que novos trabalhos de remoção do mato começaram no dia 19.
0Outro problema da área são os buracos no muro da ferrovia paralela à pista. O lugar é usado até como banheiro por moradores de rua. A assessoria da Ferrovia Centro Atlântica (FCA) disse que realiza manutenções periódicas no muro que separa a linha férrea da pista de corrida. A empresa afirmou que há três meses promoveu reparos em todas as estruturas de concreto quebradas, mas que há atos de depredação no local.

Reincidência

Problemas. Em agosto de 2013, O TEMPO mostrou que usuários de drogas ocupavam a pista de corrida da Andradas. Em setembro do mesmo ano, a reportagem denunciou os assaltos na região.