Protesto

Integrantes da ocupação William Rosa fecham BR-040 na altura da Ceasa

Grupo reivindica pagamento de bolsa moradia às famílias da ocupação e garantia de recursos para a construção de casas em um terreno que será cedido pela prefeitura de Contagem

Por Bruna Carmona
Publicado em 30 de julho de 2014 | 10:59
 
 
Grupo inflamou objetos na via, para interditá-la AJL

Moradores da ocupação William Rosa fecharam os dois sentidos da BR-040 na altura da Ceasa, na manhã desta quarta-feira (30). De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) há cerca de 100 pessoas protestando na via.

Segundo Roberto Verônica, integrante da ocupação, o grupo reivindica a realização de uma audiência com o governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, e com a presidente Dilma Rousseff. Eles querem que o Estado garanta bolsa moradia a todas as famílias da ocupação e que o governo federal disponibilize recursos para a construção de casas em um terreno que será cedido aos moradores da ocupação pela prefeitura de Contagem.

A PRF está acompanhando e desviando o trânsito. Quatro Viaturas orientam os motoristas na Via Expressa de Contagem e no trevo do bairro Água Branca. Quem segue nos dois sentidos são desviados para a Via Expressa e, assim, evitar trecho interditado na BR-040.

O diretor técnico operacional do Ceasa, Ediberto Silva, informou que houve negociação a pedido de Brasília para que não acontecesse em Minas, o que aconteceu na Telerj e na Oi, onde os ocupantes foram retirados a força. "Nós entendemos que essa é uma demanda social reprimida e estamos negociando de maneira fraterna. O acordo que nós tínhamos é de que a ocupação não seria expandida e quando eles fizeram uma nova área na BR 040, eles romperam o acordo. Estive no dia da nova ocupação e fiquei de 5h30 da manhã até 12h para que eles não permanecessem ali, já que isso rompia o acordo. Desde então eles ficaram no terreno e vendendo lotes la dentro", explicou.

Silva também disse que não pode atender uma reivindicação em cima de quebra de acordo. "Eles não têm direito de fechar a rodovia e atrapalhar a vida da cidade. Ou eles se retiram desta área, ou nós não iremos retomar o acordo. Já temos a reintegração de posse para que a polícia os tire de lá. Estão botando fogo na área, invadindo área de nascente, desmatando área verde, e acabando com a vegetação local", disse.

A reportagem de O TEMPO entrou em contato com o governo do Estado e aguarda posicionamento sobre as reivindicações do grupo.

Viaduto do Anel Rodoviário

Cerca de 40 moradores da Vila da Paz colocaram fogo em pneus sob o viaduto do Anel Rodoviário, na altura do bairro Universitário, na região da Pampulha, para protestar contra a desapropriações no aglomerado.

De acordo com a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), o protesto aconteceu por volta das 9h e não chegou a prejudicar o trânsito no local. Os bombeiros foram acionados para controlar as chamas.