Foi apresentado nesta quinta-feira (23), pela Polícia Civil, o trio suspeito de matar dois irmãos na região Leste de Belo Horizonte por causa de uma rivalidade entre gangues do tráfico. Um dos suspeitos tem outros sete homicídios no currículo e já havia sido preso após ser condenado a 14 anos de prisão por outra morte.
Segundo o delegado EmersonMorais, o primeiro crime aconteceu em maio de 2012, quando Alexandre Rodrigues da Silva, 19, conhecido como Xande, um dos líderes de uma quadrilha que atuava nos bairros Nazaré, onde morava, Dom Silvério e São Gabriel, assassinou Gabriel Curtin de Souza, 16, que integrava a quadrilha rival.
Alexandre contou com a ajuda dos comparsas da quadrilha dele, Felipe Nunes da Cruz, 19, conhecido como Popô, e Tiago Henrique de Souza Vasconcellos, 20. O adolescente foi morto com 26 tiros, sendo 12 na cabeça. Essa, segundo o delegado, era a assinatura de Alexandre ao cometer os crimes. Ele era violento e costumava executar os rivais com vários tiros na cabeça e com a arma bem próxima ao rosto da vítima.
Após o crime, o suspeito foi preso por outro homicídio e condenado a 14 anos de reclusão. Enquanto isso, o irmão de Gabriel, Pedro Henrique Curtin de Souza, 23, começou a espalhar que sabia quem havia matado o irmão e que haveria retaliação, e chegou a postar mensagem semelhante no Facebook.
De dentro da cadeia, Alexandre organizou o crime, que foi executado por Felipe e Tiago em maio de 2013. Pedro Henrique foi morto na porta de casa por duas pessoas dentro de um Palio Azul. A participação da dupla no crime foi confirmada após Felipe ser detido, dois meses após o crime, por receptação com um veículo semelhante.
O trio foi apresentado no Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa. Ainda de acordo com o delegado, Alexandre é considerado um criminoso de alta periculosidade e violento. Ele ainda tem outros sete homicídios no currículo, cometidos quando ainda era menor e, portanto, ele não irá responder por eles.
As vítimas Gabriel e Pedro Henrique já haviam sido presas por uso de drogas e pichação.
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