CASO DE TAIOBEIRAS

Jovem que esquartejou homem que chamou sua mulher de gostosa é preso

Suspeito confessou o crime, que aconteceu em sua casa depois de uma festa; vítima também foi decapitada e carbonizada

Qui, 13/11/14 - 09h32

Um jovem de 20 anos foi preso após esquartejar, decapitar e carbonizar um homem que teria chamado sua mulher de “gostosa” durante uma festa em Mirandópolis, povoado de Taiobeiras, no Norte de Minas. A prisão foi realizada nessa quarta-feira (12) e o suspeito confessou o crime.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Alessandro da Silva Lopes, o homem contou que o homicídio aconteceu após uma festa em sua casa, no último fim de semana. Alguns convidados teriam feito uso de bebidas alcoólicas e drogas. Durante o evento, Gilmar Ferreira Santana, de 35 anos, teria mexido com a mulher do agressor.

“Ele não gostou, mas a companheira disse que era para deixar passar. Porém, o Gilmar dormiu na casa do casal e, na manhã seguinte, ao ser questionado, disse que tinha chamado mesmo a mulher do agressor de gostosa”, contou o delegado.

Após confessar a cantada, a vítima foi atingida duas vezes com golpes de machado na cabeça e ficou inconsciente. Não satisfeito, o suspeito puxou o sofá em que Santana estava para fora da casa. Em seguida, ele comprou gasolina e ateou fogo.

“Enquanto o sofá e a vítima queimavam, ele foi beber em um bar perto do imóvel. Quando voltou, o suspeito começou a esquartejar o homem e colocar os pedaços em sacos plásticos. Depois, Gilmar foi levado para um matagal”, contou Lopes.

A equipe de Polícia Civil chegou ao criminoso após ouvir várias pessoas e encontrar um chip de celular em nome da companheira de Santana na casa do bandido. “Ele disse que, no momento do crime, os outros convidados já tinham ido embora e a sua mulher estava na casa da avó. A jovem não teria participado do homicídio”, explicou o delegado.

Após prestar depoimento, o homem, que já tinha antecedente criminal por roubo, foi encaminhado à Cadeia Pública de Taiobeiras. A princípio, ele vai responder por homicídio qualificado, com  pena que varia de 12 a 30 anos de prisão, e ocultação de cadáver, que varia entre um e três anos de reclusão. 

Queimando “penas de galinha”

Depois que  colocou fogo no sofá e na vítima, o suspeito foi questionado pelos vizinhos pelo forte cheiro que saía de seu lote. “Ele disse para os outros moradores que, no meio das coisas que estavam queimando também tinham penas de galinha, o que teria provocado o mau cheiro”, contou Lopes.

As partes do corpo de Santana foram sepultadas nessa quarta-feira (12), um dia depois que os pedaços foram encontrados divididos em sacos e algumas partes na casa do agressor.

“Chegamos até o nome da vítima por causa do chip no nome da mulher dele, que foi encontrado na casa do jovem, no depoimento do suspeito e conversas com familiares de Santana”, finalizou.

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