Madrugada desta segunda-feira (28). A praça onde se encontram a avenida Prefeito Gil Diniz Júnior e a rua Professora Neusa Rocha, no centro de Contagem, na região metropolitana da capital, estava cheia de frequentadores de casas noturnas da região, que ocupavam o local estendendo a noite. Na aglomeração, dois jovens foram mortos com vários tiros por três rapazes. Até o fechamento desta edição, ninguém havia sido preso pelo crime.
Pelas circunstâncias dos homicídios, a Polícia Civil acredita que se trata de mais um acerto de contas do tráfico de drogas. Osvaldo Alves da Fonseca Filho, de 23 anos, que já tem passagem por esse crime, e Mateus Pereira, de 16 anos, foram os únicos alvos de três homens, que chegaram armados à praça.
O resultado da perícia não foi divulgado, mas a reportagem verificou 14 marcas de cápsulas recolhidas pelos investigadores no local.
“Foi um crime premeditado ou então alguém ‘deu a fita’ de que os dois estavam aqui. Nós passamos a noite no bar, e eles não se envolveram em briga. Ninguém tinha visto os homens que mataram eles no bar. É coisa antiga. Ninguém chega do nada e mata alguém assim”, comentou a estudante Luana Pontes, de 23 anos, que estava na praça.
Investigações
Nesta segunda-feira (28), policiais da Delegacia de Homicídios de Contagem, que abriu um inquérito para esclarecer o caso, estiveram na praça para ouvir moradores e recolher imagens das câmeras de segurança de um estabelecimento que filmou a ação dos criminosos.
“Devia ter umas 30 pessoas na praça. Os atiradores chegaram em um Gol preto e pararam na avenida. Dois desceram, foram até o Mateus e atiraram várias vezes. Depois, foram ao Osvaldo e atiraram. Foi uma confusão. Todo mundo correndo, e eles ainda voltaram e deram mais tiros para se certificarem de que os rapazes estavam mortos”, contou Luana.
Os corpos das duas vítimas foram encaminhados para o Instituto Médico-Legal (IML) da capital, onde familiares, que não quiseram comentar o caso, fizeram o reconhecimento.
Pertences. Os militares que atenderam a ocorrência vistoriaram os carros das vítimas. No automóvel de Mateus, foram localizadas uma pistola calibre 40 e 11 munições. No carro de Osvaldo, havia apenas documentos.
Frequentadores de casa fazem baderna na praça
Moradores e comerciantes do entorno da praça onde o crime aconteceu reclamam que, mesmo após o estabelecimento onde os jovens estavam fechar, sempre há confusão no local, o que tem incomodado a vizinhança.
“É sempre assim quando tem evento aqui. Muito barulho, som alto e uso de drogas, além de muita sujeira, até com fezes e urina”, comentou a aposentada Dora Rodrigues, de 69 anos. “Os jovens ainda agem de forma truculenta quando a gente reclama”, declarou um comerciante que pediu para não ser identificado.
Diante da solicitação dos moradores, a Polícia Militar (PM) intensificou o patrulhamento na região. Procurado, o gerente do bar não se posicionou.
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