DIRIGIU EMBRIAGADA

Justiça concede liberdade para advogada que atropelou duas no Prado

Shirlayne Maria Falci Salgado foi detida em flagrante na sexta-feira (27); uma das vítimas morreu

Seg, 30/05/16 - 21h35

A advogada Shirlayne Maria Falci Salgado, de 32 anos, teve a liberdade provisória concedida pela Justiça no último sábado (28) depois de pagar uma fiança no valor de R$ 44 mil, conforme consta no site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Ela foi autuada em flagrante por homicídio culposo - sem a intenção de matar -, com o agravante de dirigir sob efeito de bebida alcoólica e por lesão corporal, na sexta-feira (27), depois de atropelar duas mulheres sobre a calçada na rua Platina, no bairro Prado, região Oeste de Belo Horizonte.

Uma das vítimas, ainda não identificada, morreu no Hospital João XXIII. A outra, Maria da Paz Monteiro Gomes, de 48, sofreu ferimentos leves e foi liberada no mesmo dia do acidente.

De acordo com a Polícia Militar (PM), Shirlayne contou que seguia na rua Platina quando se assustou com um ônibus da linha 205 (Metrô Calafate/Buritis), que estava na rua Salvador Piló e se preparava para fazer a conversão na Platina.

Segundo o motorista do ônibus, Jurandir Moreira, 49, a motorista estava dirigindo lentamente, mas teria avançado o sinal vermelho. "Estava subindo a rua Salvador Piló e o sinal estava aberto para mim. Ela apareceu, avançou o sinal lentamente, mas quando ela me viu, ela foi desviar e atropelou as pedestres em cima do passeio. A hora que eu cheguei uma vítima estava com os olhos abertos. Achei que a gente nem ia ver ela viva. A outra estava prensada entre o carro e a parede. Aí tiramos o carro do lugar. Eu pedi a ela para desfazer a direção, mas nem isso ela conseguia fazer. Eu acredito que ela confundiu os pedais. A condutora não tentou fugir, entrou em pânico. Eu acho que o socorro demorou um pouco. Fizemos várias ligações. Eu acredito que pela velocidade que ela dirigia, se estivesse sóbria, teria conseguido parar o carro", disse o motorista.

A condutora apresentava sinais de embriaguez e se recusou a passar pelo teste do bafômetro. Porém, admitiu aos militares que havia ingerido bebidas alcoólicas. Ela foi encaminhada ao Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG).

Shirlayne é filha de Plínio Salgado, ex-controlador do Estado e professor. Ela prestou depoimento na delegacia de plantão do Detran. O teor das declarações da advogada não foi informado pela Polícia Civil.

---

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.

Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.