Polêmica

Kalil: se aumento foi maior, sugiro ao MP pedir prisão do responsável

Como argumento para defender o aumento, o prefeito declarou que tem “um contrato e uma auditoria publicada”

Sáb, 29/12/18 - 07h51
CPI apurou irregularidades que levam à má qualidade do serviço de transporte público por ônibus em Belo Horizonte | Foto: Jaques Diogo/O Tempo - Arquivo

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, ironizou a abertura de inquérito do Ministério Público de Minas Gerais para apurar o aumento da passagem de ônibus em Belo Horizonte realizada nessa sexta-feira (28). O órgão acatou pedido do movimento Tarifa Zero para revisar o reajuste na tarifa.

Por meio de publicação em seu perfil, o prefeito sugeriu ao MP que prenda o responsável pelo aumento da passagem caso encontre irregularidade no contrato. “Se alguém deu aumento maior que o contrato, tenho uma sugestão ao MP: pedir a prisão”, escreveu.

Como argumento para defender o aumento, o prefeito declarou que tem “um contrato e uma auditoria publicada”. Ele disse ainda que autorizou “a entrega imediata dos documentos ao MP e ponto final”

Dupla interpretação

Em um de seus tuítes, Kalil afirmou ainda: “Não temos satisfação a dar a ninguém”. Por causa disso, o prefeito se retratou, dizendo que deve, sim, satisfação ao povo, mas que está “puto é com o MP”.

“Pessoal, postei errado e houve um mal-entendido. Ao povo dei e continuarei dando satisfação: 400 caixas e 104 mil documentos. Estou puto é com o MP”, escreveu.

Aumento

No último dia 26, foi anunciado que a passagem de ônibus em Belo Horizonte passará a custar R$ 4,50 a partir de 30 de dezembro, que representa um reajuste de 11%, passando dos atuais R$ 4,05 para R$ 4,50.

Os ônibus que atendem vilas e favelas vão de R$ 0,90 para R$ 1,00. Já as passagens que antes custavam R$ 2,85 vão para R$ 3,15 e os táxis lotação que custavam R$ 4,45 passam para R$ 5,00.

 

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