Em Venda Nova

Mãe é conduzida à delegacia após usar loló e cair sobre filho de 11 meses em BH

Pai da criança também foi levado pela polícia, uma vez que teria dado à companheira ansiolítico com suco de maracujá; estado de saúde de bebê é grave

Por CAROLINA CAETANO
Publicado em 20 de setembro de 2020 | 08:09
 
 
No ano passado, no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, foram atendidos 4.315 casos de acidentes com corpos estranhos Foto: Fred Magno / O TEMPO

Uma mulher de 25 anos foi conduzida à delegacia após cair sobre o filho, de apenas 11 meses, nesse sábado (19), no bairro Céu Azul, na região de Venda Nova, em Belo Horizonte. À Polícia Militar, a jovem disse que faz uso de loló - combinação de clorofórmio, éter e outras substâncias - e teria ficado tonta antes da queda.

De acordo com o boletim de ocorrência da corporação, o pai do menino, de 31 anos, foi até uma base móvel da polícia com a criança inconsciente e com uma lesão na cabeça.

O bebê foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Justinópolis, entubado e, posteriormente, levado para o Hospital de Pronto Socorro João XXIII. Aos militares, o homem disse que a mãe teria caído com o filho.

Policiais deslocaram até a casa da família, onde fizeram contato com o tio da mulher, que permitiu a entrada no imóvel. A mulher foi encontrada sentada em um sofá "tonta, grogue e com a voz um pouco embolada". Ela confessou o uso da droga e precisou ser levada para a UPA Venda Nova.

Uso de medicamento

Durante o registro da ocorrência, militares foram informados por familiares do casal que o homem teria dado Diazepam com suco de maracujá à companheira. Ao ser indagado, ele informou que tem receita médica para que a mulher faça uso do ansiolítico. 

Ele também foi conduzido para prestar esclarecimentos. Até o fechamento do boletim, o estado de saúde do bebê era considerado grave. A ocorrência foi registrada como lesão corporal, e o casal foi encaminhado à Delegacia de Plantão 4 (Deplan). 

De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, a instituição instaurou procedimento para apurar os fatos. A investigação segue a cargo da Delegacia Especializada de Proteção à Criança a ao Adolescente (Depca). Não há informações se os pais da criança foram ouvidos e liberados.

 

Matéria atualizada às 12h