Ibirité

Mãe que escondeu corpo do filho em sofá está presa em cela individual

Marília Gomes, de 19 anos, está em uma cela separada no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, para ter a integridade física resguardada

Qui, 31/07/14 - 11h53

A mulher suspeita de matar o próprio filho e esconder o corpo da criança em um sofá, em Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte, está presa em uma cela individual no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto. De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Marília Cristiane Gomes, de 19 anos, foi transferida do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Centro-Sul para o presídio na última terça-feira (29). A secretaria informou, ainda, que Marília está em uma cela individual para ter a integridade física resguardada e que a transferência é uma ação rotineira no sistema prisional.

No mesmo dia em que o corpo do garoto foi encontrado a mulher confessou o crime, em depoimento. Ela contou que atirou o filho na parede porque ficou nervosa ao vê-lo mexer no celular dela sem permissão.

Marília será indiciada, inicialmente, por ocultação de cadáver, e o delegado ainda analisa em qual tipo de homicídio ela será enquadrada: se dolo eventual (quando a pessoa assume o risco de matar) ou doloso (quando a pessoa quer matar). Pelo crime, ela deve pegar, no mínimo, oito anos de prisão em regime fechado.

O caso

Marília Cristiane Gomes contou à polícia que o assassinato do filho foi um acidente. Ela disse que não queria matá-lo, e que na sexta-feira (25) estava lavando roupas e ouvindo música no seu celular, quando Keven chegou e pegou o celular dela. Enfurecida, a mulher tomou o celular do menino, e ele deu um tapa nela.

Por causa disso, ela foi colocar a criança de castigo na cama, disse que perdeu a noção da força e acertou a cabeça de Keven na parede. Ele caiu desacordado e ela, com medo de ser presa e da reação dos vizinhos, achou melhor esconder o corpo da criança, mesmo sem ter certeza se ele estava morto.
Ela escondeu a criança no sofá da casa dos tios e, quando o caso veio à tona, ela ainda disse que tinha esperança que ele estivesse vivo, mesmo depois de passar três dias preso em um sofá e trancado em um imóvel. A causa da morte foi identificada como traumatismo craniano.
 

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