Mais de 250 pessoas, incluindo idosos e crianças, tentaram ocupar na noite da última sexta-feira (4) um terreno no bairro Santa Terezinha, na região da Pampulha. Após uma denúncia anônima feita por moradores do entorno, a Polícia Militar (PM) foi acionada e impediu a instalação do grupo. O espaço, que estava cercado e possuía muita vegetação, pertence a uma construtora e fica entre as ruas Bom Despacho e Poço Fundo e a avenida Heráclito Mourão de Miranda.
Caminhões carregavam diversos materiais, como madeiras e telhados, que seriam usados para a construção de barracos improvisados. Além disso, carros levavam eletrodomésticos básicos e ferramentas. Na chegada dos militares, parte do grupo já havia delimitado o terreno para divisão entre as famílias. Conforme a corporação, foram apreendids ainda dois facões, uma enxada e uma faca.
A maioria das pessoas deixou o local quando as viaturas chegaram. Porém, outros fizeram uma barricada dentro do terreno para impedir a desocupação pelos policiais, inclusive mulheres e crianças. Os agentes ainda tentaram negociar a saída do grupo, porém, segundo o boletim de ocorrência, eles estavam "irredutíveis". A corporação alegou que alguns militares foram atacados com pedras, que não causaram nenhum ferimento.
Uso de helicóptero
Durante a ação, a PM solicitou o apoio de um helicóptero para retirar as pessoas do terreno. Assim que a aeronave chegou, foi feito um voo mais baixo, que gerou uma nuvem de poeira e o deslocamento em massa do restante das pessoas que permaneciam no local. Eles se dispersaram pelas ruas da região e nenhuma liderança foi identificada. Os policiais ainda fizeram buscas em hospitais da região, mas ninguém procurou atendimento. Representantes da construtora também estiveram no local.
Testemunha
Uma pessoa que passava pela rua e participaria da ocupação foi localizada pelos militares. Questionado sobre o caso, ele disse que um homem organizando a entrada no terreno por moradores de Contagem, na região metropolitana, e Belo Horizonte. Conforme o relato, eles não estavam recebendo o aluguel social pago pelo governo e, por não terem para onde ir, tentaram ocupar o terreno.
Por conta da falta de informações sobre a liderança responsável, a reportagem não conseguiu contato com representantes do grupo. Ninguém foi detido durante a operação.
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