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Pelo menos 88 servidores da Minas Gerais Administração e Serviços (MGS) que trabalham na Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do Barro Preto, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, podem ficar sem emprego, e o cidadão da capital, sem um local de atendimento a partir da próxima sexta-feira. Nessa data, o governo de Minas vai desativar a unidade, devido à grave situação fiscal do Estado. De acordo com o Executivo, os profissionais da MGS que atualmente trabalham no local serão devolvidos à empresa, que poderá realocá-los.
Funcionários temem a demissão, já que, para eles, a justificativa do governo informada pela coordenação é que a medida tem como objetivo a redução de pessoal. A auxiliar administrativa Maria Aparecida Salvador Coelho, 63, servidora da UAI Barro Preto há quatro anos, foi ontem com outros trabalhadores ao Sindicato dos Empregados em Edifícios e Condomínios, em Empresas de Prestação de Serviços em Asseio, Conservação, Higienização, Detetização, Portaria, Vigia e dos Cabineiros (Sindeac) para pedir orientações. “O setor jurídico disse que precisava de, no mínimo, cem funcionários para fazer um abaixo-assinado contra dispensa em massa”, conta.
O secretário de Planejamento e Gestão, Otto Levy Reis, afirmou, por meio de nota, que “infelizmente o Estado está tendo de fazer opções: ou se mantém, por exemplo, o atendimento à saúde, ou o atendimento nas UAIs”.
O assessor da Associação dos Empregados Públicos Estaduais da MGS (Assepemgs), Renato Campos Amaral, contou que a UAI da praça Sete, no centro da capital, deve sofrer alteração no horário de funcionamento, o que também pode acarretar a demissão de servidores. “Hoje a unidade atende a população das 7h às 19h e, por isso, conta com dois turnos de trabalhadores. Tivemos a informação de que o horário será reduzido, será das 8h às 17h. Sendo assim, metade dos funcionários da UAI da praça Sete poderá ser dispensada”, contou.
Amaral ressaltou que, com o encerramento das atividades da UAI do Barro Preto, a unidade da praça Sete ficará ainda mais sobrecarregada, comprometendo o atendimento à população.
"Essas medidas também vão prejudicar os mineiros, pois, com a redução de pessoal e de horário na UAI da praça Sete e com o fechamento da unidade do Barro Preto, a qualidade e a agilidade do atendimento, com certeza, vão cair”, disse.
O governo informou que a demanda da UAI do Barro Preto será absorvida pelas demais UAIs da região metropolitana de Belo Horizonte, que são: UAI praça Sete, Barreiro, Venda Nova, Contagem e Betim.
Protesto
Segundo o assessor da Assepemgs, os servidores da MGS estão planejando uma manifestação no Barro Preto na próxima semana. A associação já marcou uma reunião no Ministério Público do Trabalho (MPT) para discutir as demissões dos trabalhadores da MGS no Ipsemg. A mesma medida será tomada em relação ao caso da UAI e das unidades de saúde. “Isso faz parte do programa do governador Romeu Zema (Novo) de redução de trabalhadores da MGS em 51 nos órgãos e secretarias do Estado”, disse.
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