Mário Campos

Mais um ônibus é incendiado na região metropolitana de BH

Com mais este atentado, já chega a 21 o número de coletivos queimados na grande BH em 2017

Qua, 15/02/17 - 20h53

A região metropolitana de Belo Horizonte registrou, na noite desta quarta-feira (15), o 21º ônibus incendiado em 2017. Desta vez o coletivo foi queimado no bairro Bela Vista, em Mário Campos. A região vem sofrendo com os ataques desde a manhã desta terça-feira (14), como retaliação após a polícia fechar um acampamento de traficantes em uma mata de Sarzedo, também na grande BH. 

De acordo com as informações iniciais da Polícia Militar (PM), o motorista foi cercado por volta das 18h50 na rua José Geraldo Damasceno. Um grupo de criminosos o obrigou a descer, espalhou combustível pelo veículo e deu início às chamas, que consumiram todo o veículo da linha 3741 (Tangará/Mário Campos/Terminal Sarzedo). 

O Corpo de Bombeiros foi acionado e, após cerca de 1h combatendo o incêndio, conseguiram apagar o fogo. Foram necessários mil litros de água para acabar com as chamas.  Assista ao vídeo feito no momento das chamas: 

Desde a prisão dos traficantes em Sarzedo, criminosos já haviam tentado incendiar coletivos em Mário Campos por duas vezes, entretanto, os crimes foram impedidos pelos motoristas e moradores em ambas as tentativas. 

"Mário Campos que sempre foi uma cidade pacata e tranquila, mas de uns tempos pra cá se tornou realmente uma terra sem lei. Crimes e mais crimes acontecem, e não se vê nenhuma ação em resposta. A criminalidade está tomando conta da cidade. Infelizmente", reclamou um morador do bairro que preferiu não ser identificado. 

Presos

Desde o início dos ataques, a PM chegou a deter 30 pessoas envolvidas com os incêndios criminosos. Entretanto, de acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, apenas 11 deles continuaram detidos, sendo quatro adultos já encaminhados ao sistema prisional e sete adolescentes apreendidos e encaminhados à Justiça, que decidirá se eles ficarão internados. 

Os outros 19 envolvidos detidos pela PM acabaram ouvidos e liberados, segundo a corporação, por falta de provas que os ligassem aos atentados cometidos contra os coletivos. 

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