Marinha encontra embarcação que naufragou sábado

A Marinha do Brasil encontrou, nesta terça-feira(1), a escuna “Minas Gerais”, embarcação de transporte de passageiros que naufragou no último sábado (28), na Baía da Ilha Grande, no Rio de Janeiro. De acordo com nota divulgada pelo Comando do 1º Distrito Naval, a escuna está a cerca de 900 metros da Ilha dos Meros, a 36 metros de profundidade e cerca de 4 KM da Costa. 

As buscas desta terça-feira contaram com 39 militares ao mar, e 20 mergulhadores do Corpo de Bombeiros. “Em virtude do mau tempo e das condições adversas para as atividades subaquáticas, as operações de mergulho foram encerradas e serão retomadas amanhã (nesta quarta-feira, 2) para dar início à inspeção dos compartimentos internos da embarcação naufragada. O Navio-Patrulha “Gurupá” permanece na área, em busca dos cinco desaparecidos”, informou o Distrito Naval por meio de nota.

Na embarcação estavam 13 pessoas, sendo 11 moradores de Arantina, na Zona da Mata. Com o acidente, cinco mineiros desapareceram nas águas, dentre eles o vice-prefeito de Arantina, José Geraldo da Silva, 47. A Marinha instaurou inquérito administrativo para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades pelo ocorrido, tendo prazo de 90 dias para conclusão dos trabalhos.

A viagem reuniu 47 pessoas, sendo 11 de Arantina e as demais da cidade vizinha de Bom Jardim. Segundo um dos sobreviventes, o advogado Erlei Eros Misael, 42, esse passeio acontece há três anos e seria uma confraternização dos amigos pescadores. O ônibus com todo o grupo partiu sentido Angra dos Reis às 9h do sábado, chegando à cidade às 16h. 

Além do vice-prefeito, estão sumidos Welington Sandro, 44, José Geraldo, 48, Fernando Cássio, 44, e Atail, 53, que estava com o filho Jefferson, de 19 anos. O jovem se salvou.

Investigação

A Polícia Civil já está ouvindo testemunhas do crime. Nesta terça-feira (1), começaram a serem agendados os depoimentos das vítimas que sobreviveram. De acordo com a assessoria de imprensa da polícia quem foi ouvido e o teor dos depoimentos não serão divulgados para não atrapalhar as investigações. A polícia ainda aguarda os documentos da capitania dos portos para saber se o barco está regularizado.