Medida Provisória fica parada

A comissão especial para analisar a Medida Provisória (MP) que institui o programa Mais Médicos no país não conseguiu ontem apoio para ser instalada. Deputados ligados às instituições médicas, inclusive da base da presidente Dilma Rousseff, boicotaram a reunião e não registraram presença.

Como mostrou reportagem de O TEMPO, a MP já recebeu 567 emendas, que alteram todo o conteúdo do programa e devem dificultar ainda mais a aprovação do texto no Congresso, que tem até 120 dias para acontecer.

O próprio governo federal já admite que o projeto sofrerá mudanças ao longo da tramitação do texto. Para tentar acelerar o processo, Dilma fez anteontem um apelo aos líderes governistas da Câmara e do Senado para que aprovem a matéria, mas há resistências.

Defesa. Durante visita ontem a Varginha, no Sul de Minas, Dilma Rousseff disse que o Brasil está em plena campanha para ter o número de médicos no país ampliado. Ela citou a abertura de vagas em universidades. “Nosso objetivo é, até 2017, aumentar 11 mil vagas nos cursos de medicina e 12 mil vagas em residência médica”, disse.
Dilma destacou ainda que Varginha poderá pleitear a criação de um curso de medicina.