Mesmo com dia 'D', número de vacinados por dengue é 3 vezes menor do que o ideal

Pouco mais de 1.000 crianças e adolescentes, com idade entre 10 e 14 anos, garantiram a primeira dose da vacina contra a dengue durante o dia “D” de vacinação, promovido pela Prefeitura de Belo Horizonte, neste sábado (16 de março). Desde o início da campanha, em 27 de fevereiro, 37 mil pessoas do público-alvo já foram imunizadas. O número é três vezes menor que a quantidade total de pessoas do grupo, que somam um público de cerca de 120 mil pessoas. 

 

O número de imunizantes aplicados desde o início da campanha corresponde a 74% das 49,5 mil doses do imunizante Qdenga, produzido pelo laboratório japonês Takeda, recebidas pelo município na primeira remessa enviada pelo Ministério da Saúde ao Estado. A quantidade recebida até o momento não é suficiente para imunizar o público alvo previsto para receber a vacina. 

 

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde ressalta que está “utilizando as vacinas remanescentes para imunizar todas as faixas etárias, que somam um público de cerca de 120 mil pessoas”.

 

Conforme balanço da PBH, em mais uma ação de conscientização, o dia destinado à vacinação foi promovido em postos de saúde nas nove regionais da cidade. Ao todo, 1.056 doses de vacina contra a dengue foram aplicadas, entre 8h e 17h de sábado. 

 

Neste domingo (17) não haverá aplicação de vacinas em nenhuma unidade. A partir de segunda-feira (18), as vacinas voltam a ser disponibilizadas nos 152 centros de saúde e os endereços podem ser verificados on-line.

 

Para receber a vacina é necessário que o público de 10 a 14 anos esteja com o pai, mãe ou responsável legal. Além disso, é necessário apresentar, preferencialmente, o documento de identificação com foto ou certidão de nascimento, CPF, comprovante de endereço e cartão de vacina.

 

Aqueles que tiveram diagnóstico recente de dengue, a recomendação é aguardar seis meses após o início dos sintomas para iniciar o esquema vacinal. Caso a infecção pelo vírus ocorra após o recebimento da primeira dose, não há alteração no intervalo entre as aplicações, desde que a segunda dose não seja aplicada em um período inferior a 30 dias do início da doença.