Processo

MG pede reparação de R$ 20 mi por risco em elevadores na Cidade Administrativa

Objetivo, segundo o Estado, é garantir o ressarcimento aos cofres públicos dos cerca de R$ 20 milhões que serão aplicados em obras na sede do Executivo mineiro

Por Raíssa Oliveira
Publicado em 04 de abril de 2024 | 07:52
 
 
Elevadores da Cidade Administrativa apresentam falhas e são riscos para servidores Foto: Reprodução do laudo

O governo de Minas vai cobrar ressarcimento de R$ 20 milhões para reparação dos elevadores da Cidade Administrativa, que apresentaram riscos em função do “colapso dos pilares metálicos decorrentes de vícios construtivos". A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MG) na manhã desta quinta-feira (4 de abril). 

Segundo afirmou o governo de Minas, em nota, seguindo orientações da Controladoria Setorial, o Estado irá instaurar Processo Administrativo Punitivo (PAP) para apurar as irregularidades identificadas preliminarmente. A Seplag-MG garantiu ainda que vai entrar com processo para apurar as irregularidades identificadas preliminarmente no trabalho realizado pelas empresas responsáveis pela construção do complexo.

A medida, conforme o Executivo, tem o objetivo de impedir que o prejuízo milionário causada pela recuperação necessária nos elevadores chegue aos contribuintes, obrigando as empresas envolvidas a "ressarcirem o Tesouro Estadual pelo transtorno causado aos mineiros".

Falhas nos elevadores

As falhas nos elevadores do Prédio Minas foram detectadas em novembro de 2023, durante a rotina de manutenção. Como medida de segurança, todos os elevadores sociais do prédio foram interditados, e os privativos foram disponibilizados para uso comum. 

“Os elevadores sociais do prédio Gerais, assim como os elevadores privativos, não oferecem risco nesse momento, mas a intervenção será necessária para que não haja preocupações futuras”, afirma a intendente da Cidade Administrativa, Marilene Bretas Campos.

Problemas também foram identificados nos elevadores do edifício Gerais, que continuam em pleno funcionamento. A conclusão do estudo e o conselho de realização de obras corretivas estão em documento técnico de engenharia sigiloso. A falha nos elevadores repercutiu após vir a público um um relatório técnico de engenharia sigiloso que indicou “colapso dos pilares metálicos decorrentes de vícios construtivos”.

Perícia e laudo

Para identificar a causa dos problemas, a Seplag-MG contratou uma empresa especializada para realizar uma perícia técnica. O laudo, concluído em março de 2024, apontou que os pilares metálicos dos contrapesos dos elevadores não foram chumbados conforme o projeto, resultando em um espaço vazio entre a viga de concreto armado e as chapas de fixação dos pilares, provocando um efeito "pino".

Governo diz que segurança é 'prioridade'

Segundo o governo de Minas, as intervenções necessárias para viabilizar o funcionamento seguro dos elevadores da Cidade Administrativa já estão em processo de contratação. As obras realizadas serão feitas nos pilares metálicos dos contrapesos dos elevadores, em razão da identificação, em laudo, de que não foram devidamente chumbados conforme o projeto. As intervenções nos prédios vêm para corrigir vícios construtivos na fixação dos pilares de sustentação dos elevadores.

As intervenções estão previstas em um que contrato que será assinado nos próximos dias e prevê a realização dos reparos em etapas, para viabilizar a retomada da utilização dos elevadores pelos servidores o mais rápido possível." Dessa forma, a intervenção em 12 elevadores do prédio Minas, por exemplo, será concluída até o mês de junho e eles já poderão voltar a ser utilizados. Da mesma maneira, os demais elevadores dos prédios Minas e Gerais – no qual será feito o reforço preventivo – serão gradativamente disponibilizados para o uso", informou o Executivo em nota.

A administração estadual garante ainda que situação verificada nos elevadores, conforme os laudos, e que está sendo corrigida com as intervenções necessárias, não compromete a estrutura dos prédios e não há risco ao público que acessa a sede do Executivo estadual. "A atuação prioritária da administração, antes de dar encaminhamento aos procedimentos administrativos para a responsabilização a partir da análise detalhada do laudo, foi garantir a segurança dos servidores e visitantes, desativando os elevadores do Prédio Minas e solicitando a perícia preventiva também no Prédio Gerais", garantiu.