Neste ano, a Copa Minas Gerais de Columbofilia chega à oitava edição, e o vencedor, como já é tradicional, vai levar um carro popular 0 KM.
Columbofilia é a criação de pombos-correio para competição, e nenhum outro Estado do Brasil ama tanto essa prática quanto Minas: é o que mais tem associações de criadores de pombos registrados na Federação Columbófila Brasileira. São 65.
O segundo local com mais clubes é São Paulo, com nove. Só em BH e região, há 13.
“Minas tem columbofilia desde a década de 40, quando foi fundado o primeiro clube, a Sociedade Columbófila Mineira”, lembra Octavio Ribeiro, 68, um dos organizadores da copa.
O instinto dos pombos é voltar para casa – por isso, já foram verdadeiros heróis de guerra no século passado, quando levavam recados das tropas de volta aos quartéis.
É essa característica que as competições exploram: em caminhões adaptados, os pombos são levados a quilômetros de distância dos criadouros – no caso da competição mineira, eles chegam a ser soltos em Itaberaba, no meio da Bahia.
O que percorre a maior distância em menor tempo consagra-se vencedor.
Daniel Fonseca Figueiredo, diretor técnico da Sociedade Columbófila Independência, uma das mais antigas de BH, diz que quase todos os criadores são homens e de diferentes classes sociais.
Mas quem tem dinheiro disponível não poupa esforços para vencer: “Já compramos pombos de R$ 900 a R$ 25 mil”, revela Octavio. Em 2019, um espécime foi vendido a R$ 5,3 milhões na Bélgica, recorde mundial.
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