Vila Esperança

Moradores de ocupação voltam a protestar no Anel Rodoviário

A população já havia fechado o trânsito na via na manhã de segunda-feira (8) e voltou a protestar nesta terça (9); mesmo ficando apenas no acostamento, o ato gerou retenções no sentido Vitória

Por Da Redação
Publicado em 09 de janeiro de 2018 | 11:16
 
 
Famílias lutam contra a ordem de despejo do local Foto: ALEX DE JESUS / O TEMPO

Os motoristas que passaram pelo Anel Rodoviário no fim da manhã desta terça-feira (9) voltaram a enfrentar lentidão no sentido Vitória, na altura do bairro Betânia, na região Oeste de Belo Horizonte, devido a uma nova manifestação dos moradores da ocupação Vila Esperança, que luta contra uma ordem de despejo do local. A população já havia chegado a fechar o trânsito na via na manhã de segunda-feira (8). 

Nesta terça, os moradores novamente tentaram fechar o trânsito, o que foi impedido pela Polícia Militar (PM) que já se encontrava no local. Entretanto, com faixas na margem da rodovia, a redução na velocidade de quem passa pelo local já foi suficiente para deixar o trânsito lento. 

Os moradores afirmam que o prazo de 30 dias se encerra na próxima quinta-feira (11). O pedido de reintegração partiu de uma solicitação da concessionária Via 040, com o argumento de que a ocupação seria um risco para os usuários da rodovia e para os próprios moradores. A decisão assinada no dia 17 de novembro pela juíza da 8º Vara Cívil, Gabriela de Alvarenga Silva Lipienski pede que reintegração seja cumprida com urgência até o dia 31 de janeiro.

FOTO: ALEX DE JESUS / O TEMPO
Trânsito ficou complicado no sentido Vitória do Anel

“Ultrapassado o prazo acima assinado para desocupação voluntária e sabedora de que nestas situações não há uma desocupação total sem que a polícia faça a reintegração, deverá a Secretaria deste Juízo, ato contínuo, oficiar à Polícia Federal e à Polícia Rodoviária Federal para que assegurem o cumprimento da reintegração de posse ora deferida”, diz a decisão.

No processo, a concessionária Via 040 afirma que diligenciou “junto aos diversos ocupantes do local para notificá-los da irregularidade na ocupação e para comunicar a necessidade de desfazimento das obras irregulares, iniciativa que se deu de forma pacífica e harmônica mediante acompanhamento de força policial”.

Informa ainda que “a despeito do prazo informado nas notificações extrajudiciais, permanece a ocupação irregular do local, colocando em risco a integridade dos próprios réus e dos usuários da rodovia BR-040 no mencionado trecho”.

Para Thales Viote, um dos líderes da manifestação, argumento é injustificável. “Ninguém nunca ficou ferido aqui. Estamos fazendo essa manifestação para chamar a atenção da comunidade. A juíza não colocou nenhuma condicionante, ou seja, se as famílias forem tiradas daqui elas não têm para onde ir. O problema do despejo não se resolve”, afirmou.