Maior público

Movimento na Feira Hippie cresce a cada domingo com o avanço da vacinação em BH

Segundo o presidente da Associação dos Expositores, Willian Santos, público antes da pandemia girava em torno de 60 mil pessoas e, agora, atinge cerca de 40% a 60% desse total

Por Izabela Ferreira Alves
Publicado em 01 de agosto de 2021 | 15:36
 
 
Movimentação na Feira Hippie no domingo anterior ao Dia dos Pais Foto: Alex de Jesus/O Tempo

Opção de local para compra de presente para o Dia dos Pais, no próximo domingo, a Feira de Arte e Artesanato da Avenida Afonso Pena, a tradicional Feira Hippie, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, vê o número de visitantes aumentar a cada domingo. Segundo o presidente da Associação dos Expositores (Asseap), Willian Santos, feirante há mais de 40 anos, o público antes da pandemia girava em torno de 60 mil pessoas e, agora, atinge cerca de 40% a 60% desse total. “O evento feira é o maior da nossa cidade. Bate o público de clássicos como Atlético e Cruzeiro e os jogos têm divulgação”, compara. 

Para Santos, o avanço ininterrupto na quantidade de frequentadores está associado ao avanço da vacinação na capital. “Com a nova disposição das barracas, a feira cresceu, o que dificulta a medição exata de clientes, mas tanto feirantes quanto os consumidores aprovam o novo leiaute. Tanto que pretendemos solicitar à prefeitura para mantê-lo, mesmo quando a pandemia for controlada”, adianta. 

De acordo com o presidente, a feira oferece artigos para presentear os papais, mas o foco ainda é o público feminino. Nas alas de artigos em couro e calçados, bijuterias e roupas 95% das opções são voltadas para o público feminino. “Mesmo não tendo grande expectativa de incremento nas vendas, como é no Dia das Mães, somos insistentes e viemos com a mesma disposição, mantendo o distanciamento, a oferta de álcool gel e a cobrança do uso de máscara”, assegura. 

Já na barraca de cintos e carteiras em couro do artesão Washington da Conceição, 50, expositor desde criança - ele acompanhava o trabalho dos pais desde os 7 anos, quando a feira ainda era na Praça da Liberdade, e aprendeu com eles o ofício - o movimento foi tanto que ele nem viu o tempo passar. “Todo domingo agora é assim. Quando olho no relógio já é meio-dia, hora de recolher os produtos. Está tão bom que os próprios clientes me ajudam no atendimento, porque sozinho não dou conta”, comemora.  

Há sete anos ele não reajusta o preço dos seus artigos. “Sabemos que está difícil para todo mundo. Mesmo o couro tendo subido muito de preço com a pandemia, luz; enfim, tudo, tenho segurado para manter a clientela e fazer frente aos produtos chineses”, comenta, acrescentando a superioridade da qualidade e o design de seus cintos e carteiras. “Com a nova configuração das barracas, as pessoas tem vindo à feira para curtir o domingo e passear. No próximo domingo, os incautos ainda sem o presente do pai vão poder comprar comigo um cinto bonito, de qualidade, entre R$ 25 e R$ 60, conforme o modelo”, convida.