Gripe suína

Mulher de 35 anos morre com H1N1 em Poços de Caldas, afirma família

Vítima teria ficado mais de dois meses internada em UTI, mas não resistiu aos danos causados ao seu pulmão; auxiliar de contabilidade chegou a ficar em isolamento e um mês em coma induzido

Dom, 24/08/14 - 11h47

Uma mulher de 35 anos morreu infectada pelo vírus da gripe H1N1, em Poços de Caldas, no Sul de Minas, de acordo com a família. A vítima ficou mais de dois meses internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu aos danos causados ao seu pulmão e faleceu na manhã dessa sexta-feira (22).

De acordo com uma tia de Eliane Cristina Guerra, que preferiu ter a identidade preservada, o diagnóstico correto demoro a ser encontrado. “Ela veio ficando resfriada e foi para UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) três vezes e eles não diagnosticaram, mandaram para casa. Na terceira vez, ela saiu de lá e foi no Hospital Santa Lúcia, onde a minha irmã pagou uma consulta para ela ser atendida imediatamente. Lá ela foi diagnosticada e encaminhada para a UTI pelo SUS. Foi muito bem cuidada e internou em estado gravíssimo”, lembrou.

Elaine chegou a ficar em isolamento e passou um mês em coma induzido. Ela até chegou a apresentar uma certa melhora e quando conseguia se comunicar, sorria, mas não resistiu. Segundo a tia da vítima, ela passou por exames e durante o período da internação foi confirmado que se tratava do vírus H1N1.

A mulher, que trabalhava como auxiliar de contabilidade, deixa uma filha de 18 anos. “Ela era muito alegre, muito amada”, emocionou-se a tia. Elaine, que é natural da cidade, foi enterrada no Cemitério Saudade, nesse sábado (23).

O Hospital Santa Lúcia foi procurado pela reportagem de O TEMPO, mas ninguém foi encontrado para comentar o assunto. A assessoria da prefeitura confirmou o óbito por H1N1 e disse que esta foi o primeira morte da doença na cidade. Segundo a secretária municipal de Saúde, Fátima Livorato, foram notificados 20 casos de síndrome respiratória aguda grave, e destes, seis tiveram a confirmação de H1N1, incluindo a Elaine.

"Nós temos plantão da vigilância epidemiológica municipal 24 horas. E, em todos os casos, é acionada imediatamente para fazer a coleta para exame. O município disponibiliza hoje a medicação para o tratamento em todas as unidades", esclareceu. Segundo ela, o quadro de Elaine evoluiu muito rápido, mesmo com todo o cuidado direcionado para ela.

Já a Secretaria de Estado de Saúde (SES) não confirma a morte na cidade, mas informou que os dados são atualizados semanalmente, o quer dizer que esta fatalidade ainda será contabilizada. Ainda, segundo a SES, em 2014 foram 22 casos da doença registrados e dez óbitos.

Atualizada às 10h29 do dia 25 de agosto de 2014

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